Graffiti Artist and Designer
Zumi entrou em contato com a cena de arte de rua logo no início e foi um dos participantes iniciais em experimentos formativos de arte de rua em grupo chamados Expression Sessions em Buenos Aires. Uma das poucas artistas do sexo feminino a levar o seu trabalho para as ruas da cidade, Zumi chega à arte de rua a partir de um fundo no campo do design de moda que contribuiu para o desenvolvimento de um estilo único que é colorido e feminino.
Inspirando-se na natureza e no seu dia-a-dia, a Zumi combina versões idealizadas de flores, árvores e animais na criação das suas próprias paisagens naturais. Demonstrando um incrível nível de habilidade em seu uso de aerossol, suas peças são produzidas com uma quantidade impressionante de precisão e detalhes. Usando uma paleta de cores pastel Zumi desenvolve murais graciosos que fornecem oásis de serenidade entre as ruas da cidade lotada e barulhenta. Descobrir uma de suas peças delicadamente envolta em uma parede de concreto em ruínas traz à mente ideias de paz, pureza e alegria.
A arte de Zumi é um excelente exemplo do poder da arte de rua para afetar positivamente as paisagens urbanas e nossas interações com elas. Atualmente residindo em San Pablo, Zumi continua a desenvolver trabalhos independentes e colaborativos nas ruas e nas galerias.
Marina Josefovic Aka ZUMI. Nascida em meados de 1983, no bairro de Lugano, um bairro humilde da periferia da capital de Buenos Aires, se criou em cidades muito diferentes, itinerantemente entre Lugano, considerada cidade grande;Villa Gesell, cidade costera com presença do mar; e em Rio Cuarto em contato com as serras Argentinas. Tais variados meios onde se criou lhe deu uma perspectiva bem diferente e variada com respeito a natureza-paz em confronto com a cidade-caos. Volta a capital Argentina com 18 anos de idade para estudar desenho de indumentária (desenho de moda, mais aplicado na utilidade).O contato frequente com o desenho, expressão e o meio artístico, proporcionou amizades com pessoas do Street Art, tendo assim seu primeiro contato na rua. A partir desse momento, começa a pintar tentando sempre variar sua temática, encontrando seu caminho na expressão da natureza no meio do caos da cidade.Visando assim uma constante variação incorporada dia a dia nas diferentes técnicas e estilos do sucedido cotidiano.Germinar conciencia, paz e alegría são alguns dos conceitos que tenta impregnar no cinza da cidade através de sua natureza sutil, minimalista e as vecez psicodelicas. Que Fluyaaaa!!!!
BERLIN ETHER KEY
NEW JERSEY INTUITION
SARAJEVO FENIX LOTUS
ARKANSAS THE ECLIPSE
BERLIN UNIVERSE
NEW YORK NO TRUTH NO LIGHT
BERLIN DREAMSCAPE
CHICAGO IMPOSSIBLE MEETING
BUENOS AIRES LA BOCA
BROOKLYN ALEGRIA BUS
BERLIN COSMIC JUMP
SÃO PAULO SNOWY OWL
POZNAN ETERNAL KISS
HALLE HONEYCOMB OF LIFE
LONDON WATERBUCK
Rua Augusta 2014 com Enivo!!!!
Chocolate school!... Roio de Janeiro, Barra da Tijuca!
Natureza-Cosmos-Nexos Energeticos-Efimero-Desape go-Vacio-Universos Paralelos-Auras-Auroras-Lu z-
http://www.marinazumi.com/outside/
Detalhe de obra de Marina Zumi exibida na A7MA
A argentina radicada em São Paulo Marina Zumi passou por uma transformação radical nos últimos meses - além de artistas de rua, ganhou as alcunhas de galerista e curadora, consequência da abertura da A7MA. Uma parceria entre os artistas do Coletivo 132 (formado por Marina, Jerry Batista, Marcus Enivo e Tché Ruggi) e da FULLHOUSE (de Cristiano e Alexandre Enokawa), a galeria estreou em abril na Vila Madalena (na Rua Harmonia, 95, mais especificamente) com a intenção de ser um espaço gratuito para troca de ideias, exposições de novos artistas e núcleo de criação coletiva.
Segundo Marina, a ideia de criar um novo espaço veio de uma necessidade prosaica - a busca dos artistas do Coletivo 132 por uma nova casa. "Precisamos desocupar a casa que estávamos antes, então bateu um desespero de encontrar um lugar novo no qual todos nós pudessemos criar, pintar e discutir. Enfim, queríamos um novo QG. Quando batemos com essa casa espaçosa e incrível na Vila Madalena, nos unimos com o pessoal da FULLHOUSE para viabilizar a ideia e criar, na verdade, um espaço de arte para a comunidade e todos os artistas que queiram trampar com a gente", explicou Marina.
Em entrevista para a Soma, ela explicou como foi o processo de criação do espaço e qual o papel hoje da arte de rua no cenário artístico contemporâneo.
Quando vocês pensaram em fazer uma galeria de arte, um espaço artístico, o que vocês queriam trazer de diferente?
Ao menos por enquanto, não vamos usar o termo galeria de arte porque não temos como garantir que as peças expostas estarão a venda. Então preferimos falar que este é um espaço de arte, um encontro de diferentes pessoas e artistas que de alguma forma contribuem para a arte de rua e o meio artístico em geral. Uma iniciativa que vai continuar rolando aqui e que simboliza bem isso é o Sarau do Burro, evento do Coletivo 132 que traz experimentações poéticas entre artistas e público, com todo mundo lendo poesias, conversando, tomando uma breja, enfim, trocando ideias. Não tem hierarquia, não tem separação entre artista e público, todo mundo pode falar o que quiser na hora que quiser. O mesmo esquema rola no Clube do Vinil, outro evento antigo que a galera chega, troca sons e discute.
Acho que o que trazemos de novo é o envolvimento que temos com artistas iniciantes e uma galera que já está produzindo há um tempo, trabalhando junto e trocando ideias - como somos artistas também, sabemos o quanto custa entrar no circuito de arte, como é difícil conseguir expor o trabalho, como o espaço é limitado. Pensando em trazer essa galera, queremos criar exposições com todos os tipos de artistas a partir de curadorias que não sejam óbvias, que fujam do padrão sisudo normalmente associado a um espaço formal de arte. Nossa intenção não é chamar um ou dois artistas famosos como carro-chefe de uma mostra para bombar, e sim criar um conceito legal que ligue vários trabalhos e várias propostas. Outra coisa que queremos trazer é o intercâmbio entre galerias e entre artistas de diferentes países. Já estamos pensando em como podemos viabilizar tais projetos. A A7MA quer abraçar a rua, trazê-la para o cotidiano de todo mundo que anda pelo asfalto mas não olha de fato para o que vê.
Quais dificuldades você sente, como uma artista de rua, na hora de colocar seu trabalho em um circuito de arte cada vez mais restrito?
Em São Paulo existe muita arte, em qualquer lugar, em qualquer rua, muito mais do que eu via na Argentina, por exemplo. E essa variedade é uma benção, mas ao mesmo tempo acaba trazendo para o artista cada vez mais a necessidade de ir atrás, de tentar superar as dificuldades típicas do começo de carreira para ser visto em um mercado tão competitivo e vasto quanto o da arte. Eu fico feliz de ter conseguido conquistar o meu espaço e de já ter tido duas exposições individuais aqui em São Paulo, mas sei o quanto é difícil. Há dois ou três anos, por exemplo, existiam poucas galerias aqui em São Paulo verdadeiramente preocupadas com a arte de rua. Hoje existem várias opções, mas mesmo assim é algo restrito. O que queremos muito fazer, já que estamos na Vila Madalena, é um circuito pensado para que as pessoas possam, em um mesmo dia, visitar todas as galerias da região. Desta forma, mesmo quem normalmente não se interessaria por um rolê desses vai ficar curioso e pode acabar passando um dia que abra fronteiras artísticas e pessoais.
E qual é a cara dessa arte de rua hoje?
Temos o graffiti tradicional, a street art, e o que muita gente chama de neo arte contemporânea. Mas para mim, uma definição mais rica e mais coerente é que a arte contemporânea, hoje, é a que se faz na rua. A rua é o meio de comunicação mais poderoso que temos, então faz todo o sentido que a arte de vanguarda hoje esteja nos muros, esteja no asfalto. Não que todo artista que entre aqui na A7MA tenha que vir obrigatoriamente do circuito de rua, mas essa identidade é uma força nossa que perpassa todas as obras e tudo o que pensamos aqui nessa união de Coletivo 132 e FULLHOUSE.
Nas próximas exposições, além das nossas obras que já estão aqui (a galeria abre com trabalhos da própria Marina, Jerry Batista, Tché Ruggi e Enivo), queremos trazer intervenções com videoarte, quadrinhos e gravuras, além de instalações para aproveitar os cômodos da casa. Dessa forma, queremos juntar a arte de rua com diversos outros elementos, reunindo artistas diferentes que agora podem dialogar com esse espaço.
Outra coisa importante que queremos fazer é passar esse nosso conhecimento da arte de rua adiante: todos aqui, além de artistas, são educadores, e queremos conseguir um incentivo de grana para poder dar aulas e workshops para quem queira aprender a parte técnica da criação. Vai ser incrível poder reunir uma molecada, por exemplo, e falar de graffiti com eles mostrando os muros da Vila Madalena e as próprias obras aqui da A7MA.
Como é a experiência de agora se transformar em um curador de arte?
É muito difícil, na verdade. Na abertura do espaço, decidimos colocar as nossas obras para mostrar como dialogamos entre nós e quais as ideias do coletivo. O problema é que ser curador de você mesmo é uma tortura, porque a cobrança é muito mais pesada. Mas exatamente por isso a abertura foi tão importante: pensamos em obras exclusivas para essa inauguração, e tivemos até o lançamento de um poema marginal, feito pelo William Baglione. Foi uma curadoria complicada, mas que consegue explicar quem nós somos e nossa experiência pela rua. Também foi legal perceber que, cada vez mais, todos nós do Coletivo 132 somos capazes de individualidade - ninguém mimetiza o trabalho de ninguém, mesmo passando muito tempo juntos.
Mas, pra ser sincera, o resumo disso tudo é: se há seis meses alguém me dissesse que eu ia me transformar em uma curadora, eu ia dar risada e falar que era zoeira. Hoje, é uma realidade. E agora vamos ter que nos transformar, cada vez mais, em experts: quando uma pessoa chega na galeria, quem estiver aqui precisa saber explicar as obras de todos os artistas, falar da origem de cada uma, sem titubear. Estamos aprendendo aos poucos.
De artista de rua na Argentina para galerista em São Paulo: como você vê essa trajetória?
Eu comecei nova, com uns 25 anos. Fui fazer faculdade em Córdoba, onde fui para Desenho & Indumentária (que eu nunca terminei, aliás), e lá com duas amigas um dia resolvi ir pintar na rua. Fui muito autodidata. Na época eu também comecei a trabalhar com muitas marcas de roupas, desenhando, e estava indo bem, conseguindo vários trampos. Arte de rua era meu hobby. Comecei a visitar o Brasil quando podia, com uns amigos, e quando cheguei em São Paulo foi uma loucura. As pixações na rua eram incríveis, a arte de rua era absurda, estava em todo o lugar, principalmente na periferia. Eu ficava impressionada com os grafiteiros, a coragem desses caras de pixar em lugares absurdamente perigosos, os códigos que eles usam. Quando conheci o Beco do Batman, então, fiquei chocada. Muitas cores, muitas formas, muitas influências, nunca tinha visto nada parecido na Argentina.
Resolvi vir para São Paulo de vez quando meus trabalhos na Argentina começaram a ficar escassos devido a uma das muitas crises econômicas que o país enfrenta de maneira cíclica. O mercado recuou e eu parei de ter pedidos das marcas, o que me fez largar tudo de vez e me mudar para São Paulo e me tornar artista de fato. Daí deixou de ser um hobby para ser a minha vida inteira. Eu amo São Paulo, e a rua me faz sentir bem aqui. A arte de rua aqui é rápida, diáloga com tendências, com a população, com o cotidiano de quem vive até mesmo de passagem sem olhar para os muros.
Essa transformação em galerista foi muito rápida, então ainda não sei julgar de fato o que ela significa para mim. O que posso dizer é que tenho cada vez mais vontade de criar obras novas e, agora, trazer outros artistas para cá para que todos possamos dialogar melhor a respeito dessa arte de rua de São Paulo.
Fluxo Cosmico I
1x1 mt, 2012- Acrilic, sewing by hand with silver.
Fluxo Cosmico III
Fluxo Cosmico III
1x1 mt, 2012- Acrilic, sewing by hand with silver.
Fluxo Cosmico II
Fluxo Cosmico II
1x1 mt, 2012- Acrilic, sewing by hand with silver.
Argentum
Argentum
Sewing silver by hand on blue acrilic, 2.10 x 1,50. 2012
Me deixa em Paz
Me deixa em Paz
Acilic, sewing by hand in pink fluo e silver on canvas. 2012, 0,80 x 1 mt.
Destino II
Destino II
Sewing golden on black acrilic canvas 2012 0,8 x 1 mt
Instaled art...
Acrilic, cut by hand... 2010-2012
Silkscreen DREAM ON 2012
Silkscreen DREAM ON 2012
Concentra e Expande
Acrilic on canvas, sewing by hand with golden thread 2012, 0,80 x 1 mt.
Rezo por Voce
Rezo por Voce
Acrilic on canvas, 0,80 x 1 mt. 2010
Juro que Vi
Acrilic on canvas, 0,80 x 1 mt. 2010
O ceu com as Maos
Acrilic on canvas, 0,80 x 1 mt. 2010
Fluir, soltar, paz e consciência são palavras impregnadas no trabalho de Marina Zumi que retrata a expressão da natureza colorida em contraste com o caos cinza da cidade. Sutil, sintética e por vezes pscicodélica, Zumi incorpora técnicas e estilos impulsionados por estudos experimentais e fotografias de suas viagens por aí. Argentina de Lugano, Buenos Aires, formou-se na Escola de Indumentária e teve seus primeiros contatos com a street art aos 18 anos quando começou a aprofundar-se no desenho, expressões e outros meios artísticos.
Marina será mais uma artista a participar da Iª Mostra Artistas Urbanas - Ainda é Preciso, promovida pela Rede Nami a partir do dia 23 de outubro, no CEDIM
www.flickr.com/_zumi_1
www.flickr-com/photos/marinazumi
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=vU7EOIP5238
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