21 de agosto de 2013

LOLA CAUCHICK - STREET ART - RIBEIRÃO PRETO - BRASIL


Lola é natural de Ribeirão Preto-SP, teve convivência com o mundo da arte e das cores desde muito jovem; isso aconteceu por volta de os seis anos de idade quando passou á morar com sua avó materna artista plástica. Lola nunca frequentou nenhum curso regular de arte, portanto é autodidata, sempre interessada em desenho arte e pintura. Desde a adolescência é apaixonada por tatuagem, é Body Piercer desde 2004, começou a tatuar em 2006 .
O Graffiti foi anterior a tatuagem em sua vida, como foi trabalhar em um estúdio de tatuagem onde a convivência com o Graffiti era constatante, foi inevitável que Lola começasse á pintar nas ruas de Ribeirão Preto, e assim nunca mais o Graffiti saiu de sua vida.
No ano de 2011 foi quando Lola começou a se dedicar ao Graffiti de maneira intensiva tendo participado de vários encontros importantes pelo país, passando por cidades em vários estados brasileiros como São José do Rio Preto-SP, Indaiatuba-SP, Campinas-SP, São Carlos-SP, Batatais-SP, Brodowski-SP, Catanduva-SP, Paraíbuna-SP, Curitiba-PR , Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, entre outras.

Lola participou do Mural de Graffiti na Semana de Portinari em Brodowski nos anos de 2010, 2011, 2012 e na comemoração dos 100 Anos de Brodowski no ano de 2013, GraffitiFest Festival de Graffitino Chile em 2012, Encontro de Graffiti GraffitiVale em Paraíbuna-SP em 2012, Encontro de Graffiti Street Of Styles em Curitiba-PR no ano de 2012 e 2013, Meeting of Styles Equador no ano de 2012, ``Exposição O Interior Paulista na UGT cidade de Ribeirão Preto em 2013, Living Painting na festa ``Surreal Jam ´´ na UGT em Ribeirão Preto em 2013, Pintura de Mural no encontro Vira Copos Graffiti no Aeroporto de Viracopos Campinas-SP em 2013, living painting na Festa``Block Out 40 anos´´ em comememoração aos 40 anos de Hip Hop com a presença do DJ Kool Herc, também no ano de 2013 participou do encontro de Graffiti Hall OF Fame 2013 em Brasília-DF, e ministrou oficina de Graffiti no SESC Ribeirão Preto .
Lola tem um estilo próprio em seus Graffitis que é reconhecido por qualquer pessoa que já tenha visto uma de suas Corujex pelo ao menos uma vez.
Ela tem um estúdio próprio de tatuagens onde também divide o espaço com o ateliê de seu marido, e os dois possuem juntos uma loja de Graffiti, são sócios desde 2007, os dois trabalham e organizam juntos encontros de Graffiti Workshops, tudo voltado á arte de rua , conheça o JUDÁ STUDIO.


Eu e ele !!












































































Hoje a matéria do Brasil Criativo é com a artista Lola, natural de Ribeirão Preto-SP, que teve convivência com o mundo da arte e das cores desde muito jovem, por volta dos seis anos de idade quando foi morar com a sua avó materna artista plástica.


Em 2009 em comecei a fazer alguns personagens, todos eles eram animais estilizados, coloridos e vetorizados, e já fazia algumas corujas, mas foi em 2012, na minha viagem para o Chile que acabei criando o personagem que mais pinto atualmente que apelidei de Corujex, que é uma coruja colorida em estilo vetorizado que eu pinto em todos os movimentos que participo.”


Para Lola, a arte tem o poder de mudar o ambiente onde ela está, de mudar o dia-a-dia das pessoas, de causar alegria, espanto, e dependendo da arte, tem poder até de chocar as pessoas.


 
Já que sou artista de rua penso que uma das maneiras mais fáceis de conectar as pessoas com a arte é por meio da arte pública, não só o graffiti em si, mas todas as expressões artísticas que são feitas na rua.”


III Kolírius Internacional-Macaé-RJ














Tripé de Corujas


Trabalho que Fiz para SESC Ribeirão Preto-SP








 A garota das corujas
 Se sua rotina inclui cruzar as ruas de Ribeirão Preto, você provavelmente já notou corujas coloridas disfarçando a feiura de alguns muros da cidade. Elas começaram a surgir em 2012, imensas e com certa vontade de desafiar a polícia e os baldes de tinta que ainda insistem em apagá-las.
As corujas são, na verdade, um personagem. Chama-se Corujex e é obra da imaginação e do talento de Lola Cauchick, grafiteira que espalha seus traços pela cidade desde 2005. Integrante do crew Vixe — coletivo de grafiteiros de Ribeirão que
conta também com Lelin,Lola + Pink. Foto: Divulgação/Arquivo pessoal Pink e Dida — Lola diz que deve a aptidão artística a sua avó, com quem morou durante a infância em uma casa de Cohab. “Ela (avó) não tinha um ateliê, então pintava na sala com as telas jogadas no chão ou no quintal mesmo. E ficava olhando com meu irmão e depois de um tempo a gente colocava a mão na massa. Aí tinha cachorro que corria e passava em cima das telas, era uma bagunça, mas muito divertido.”

Além de artista de rua, Lola é também tatuadora e trabalha com o marido Lelin no estúdio do casal, o Judá Tattoo. Até hoje, a menina das corujas nunca frequentou um curso regular de artes e se orgulha de suas criações. Além da coruja, outros animais já nasceram das mãos dela. Para ver o trabalho da Lola, é só andar pela cidade e prestar uma atenção extra às cores que já não passam tão despercebidas pelos nossos olhos apressados

Por que você escolheu a coruja como marca registrada?Eu ainda desenho os outros animais, mas a coruja tem uma história engraçada. Quando a pintei pela primeira vez teve gente que achou bem estranho e disse que era mau agouro. Aí fui pro Chile e tinha umas latas de válvula bem dura pra gente usar, então tive que fazer um desenho simples pra dar certo com o tipo de material que a gente tinha pra pintar. Fui mexendo nela e aperfeiçoando, e nasceu a Corujex que pinto hoje nas ruas

Hoje, o graffiti e a intervenção urbana ainda não são compreendidos por grande parte da população. Ainda acontece de chamarem seu trabalho de “pichação” e apagarem um muro desenhado?
Ao meu ver, pichação e graffiti são arte. Existe quem se dedique à tipografia do picho e leve isso bem a sério, mas a população não gosta mesmo. Já o graffiti tá na TV como uma coisa boa pra ser bem aceita, e agora já passa até em novela. Mesmo assim tem gente que não gosta, porque eu acho que não gosta de arte nenhuma. Aí apaga mesmo, xinga a gente na rua, mas agora é cada vez mais raro.
Você já participou de eventos artísticos no Chile e no Equador. O que você fez por lá? Conheceu novas referências? Como foi?
Nesses dois países fui a convite de instituições artísticas para participar de murais e pintar com artistas de várias partes do mundo. Conheci sim novas referências e fiquei muito feliz de poder deixar minha arte em outros países, também por saber que existem artistas como eu que viajam horas de avião, ônibus e enfrentam uma série de obstáculos para somente pintar.
Você é uma das poucas mulheres envolvidas com arte urbana. Tem alguma diferença pra você atuar num ambiente dominado pelos homens?
As mulheres não são poucas só no graffiti, nós somos minoria na arte. Eu não sei porque isso acontece, mas com certeza não é bom.
A tatuagem te levou para o graffiti ou foi o contrário?
Foi a tatuagem que me levou para o graffiti. Na verdade, eu era só body piercer, em 2004, quando fui trabalhar com o Ton. A loja dele era um lugar muito rico pra quem ama arte. Ton é o mais antigo grafiteiro de Ribeirão Preto, hoje não vive mais aqui, mas ele é tatuador e foi lá onde conheci meu marido Lelin. Comecei a namorar e a logo pintar junto com ele, já tinha muita familiaridade com as cores, desenhos e tintas, então foi tudo muito natural.

Quais as suas referências nacionais e internacionais no graffiti?
Minha referência é minha avó, eu aprendi muito sobre as cores com ela.
Sua família aceitou numa boa quando você disse que queria ser artista de rua?
Minha família achou ótimo!
BY TEXTO FRANCINE MICHELI
EDIÇÃO PAULO GALLO
VARAL DIVERSO



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