Paola Delfin é uma artista mexicana cujo trabalho é influenciado principalmente por ilustrações, formas orgânicas e uma mistura de materiais incomuns. Paola nasceu na Cidade do México e lembra que, desde pequena, sempre tinha lápis e papel para ajudá-la a visualizar seu próprio mundo através do desenho. O tópico que ela tenta explorar se relaciona à beleza e à sensibilidade feminina. Por meio dessas características femininas, Delfin é capaz de representar uma vasta gama de mudanças e contrastes incríveis, onde tenta dar vida própria ao trabalho.
Por meio do uso meticuloso da ilustração e da quase obsessiva técnica, ela tenta retratar a estética criativa de sua geração, ao mesmo tempo em que retrata uma mensagem reflexiva.
Seu objetivo é disponibilizar seu trabalho em todos os cenários e para todos os públicos - com a intenção de que seu trabalho não seja de forma alguma exclusivo.
Acredito que a arte precisa ser vista em todos os lugares possíveis, para dar vida a uma parede branca e fazer dela uma história. Minha paixão é criar, estar disponível para contar uma história com minhas mãos e torná-la visível para todos através de imagens que envolvam você [o espectador] nessa história. É esse sentimento que me faz amar ser artista.
Sua introdução ao mundo da arte de rua aconteceu espontânea e inevitavelmente depois de perceber que as mensagens que ela estava tentando emitir ficariam presas e incompreendidas em um pequeno modelo; portanto, ela descobriu que usar um grande espaço na parede era uma maneira perfeita de se expressar.
Seu trabalho mural é uma história de movimento. Ao mesclar o espaço vazio com linhas fluidas, ela explora a beleza e a fragilidade da figura feminina e também o quão forte seu impacto pode ser.
Sua última série, Metamorphosis, é uma compilação de 33 trabalhos exclusivamente feitos em tinta. Essa série foi gerada a partir de um processo de transformação que exigia mudanças internas para realizar seu trabalho. Como todos os processos metamórficos, o produto sofre mutação, evolui livremente e inesperadamente até a última peça. É um trabalho de introspecção que é extremamente intenso e envolve principalmente auto-exploração, com a intenção de compartilhar o processo de auto-transformação. Com apenas tinta no papel e tela em vários tamanhos e dimensões, Delfin permite que esses materiais fluam e se transformem livremente.
