António Homem Cardoso
Nasceu a 11 de Janeiro de 1945, numa aldeia perto de Viseu chamada Negrelos de S. Pedro do Sul. É descendente de uma família aristocrata e conhecida na região.
Após a morte do pai, a mãe, com oito filhos para criar, viu-se na obrigação de mandar o filho mais novo para Lisboa. Assim, com 10 anos de idade, António passou a viver na Capital, em casa dos tios e a trabalhar como moço de recados.
Mas esta profissão durou pouco tempo, Homem Cardoso depressa se apercebeu que não era isso que queria fazer para o resto da vida. Para reforçar ainda mais esta posição eis que lhe acontece um episódio que mudou a sua vida. Um dia, tinha António 14 anos, ia a passar na Praça de Touros de Algés, quando reparou numas luzes. Como era de dia achou e estranho e resolveu aproximar-se. Era um filme que estava a ser rodado. Os actores principais eram Eddie Constantine e Bárbara Lage. A simpatia pelo jovem de tenra idade foi imediata e durante todo o tempo de gravações passou a sair sempre com eles. No final Eddie Constantine ofereceu-lhe a sua máquina fotográfica, acto que revolucionou a vida de António para sempre. A partir desse momento começou a tirar fotografias, o seu trabalho começou a agradar as pessoas e pensou que poderia fazer desse passatempo a sua profissão e continuar o seu ritmo de vida, livre.Estávamos, então, no início dos anos 60 e António Homem Cardoso começou a percorrer as ruas de Lisboa à procura de acontecimentos do dia-a-dia, a tirar fotografias e a vende-las aos jornais, principalmente ao “Diário Popular” e ao “Diário de Notícias”.
Apesar de ter a sensação de ter uma “luzinha” protectora, que lhe tem dado muita sorte ao longo da vida, António também tem consciência que houve muitas pessoas que o ajudaram a crescer, tais como Ferreira de Castro, Almada Negreiros e Nasceu a 11 de Janeiro de 1945, numa aldeia perto de Viseu chamada Negrelos de S. Pedro do Sul. É descendente de uma família aristocrata e conhecida na região.
Após a morte do pai, a mãe, com oito filhos para criar, viu-se na obrigação de mandar o filho mais novo para Lisboa. Assim, com 10 anos de idade, António passou a viver na Capital, em casa dos tios e a trabalhar como moço de recados.
Mas esta profissão durou pouco tempo, Homem Cardoso depressa se apercebeu que não era isso que queria fazer para o resto da vida. Para reforçar ainda mais esta posição eis que lhe acontece um episódio que mudou a sua vida. Um dia, tinha António 14 anos, ia a passar na Praça de Touros de Algés, quando reparou numas luzes. Como era de dia achou e estranho e resolveu aproximar-se. Era um filme que estava a ser rodado. Os actores principais eram Eddie Constantine e Bárbara Lage. A simpatia pelo jovem de tenra idade foi imediata e durante todo o tempo de gravações passou a sair sempre com eles. No final Eddie Constantine ofereceu-lhe a sua máquina fotográfica, acto que revolucionou a vida de António para sempre. A partir desse momento começou a tirar fotografias, o seu trabalho começou a agradar as pessoas e pensou que poderia fazer desse passatempo a sua profissão e continuar o seu ritmo de vida, livre.
Estávamos, então, no início dos anos 60 e António Homem Cardoso começou a percorrer as ruas de Lisboa à procura de acontecimentos do dia-a-dia, a tirar fotografias e a vende-las aos jornais, principalmente ao “Diário Popular” e ao “Diário de Notícias”.Apesar de ter a sensação de ter uma “luzinha” protectora, que lhe tem dado muita sorte ao longo da vida, António também tem consciência que houve muitas pessoas que o ajudaram a crescer, tais como Ferreira de Castro, Almada Negreiros e Jorge Almasqué. Mas houve um homem que o marcou profundamente e que teve muita influência na sua formação ética como fotógrafo, que foi Augusto Cabrita.
Aos 21 anos vai para a tropa e aí os tempos foram de alguma angústia. Habituado a uma vida livre e sem compromissos, Homem Cardoso deu-se mal com hierarquias e ordens superiores, o que lhe valeu alguns castigos. Esteve no serviço militar durante 3 anos e meio e exercia a função de operador de fotografia. Quando regressou passou a trabalhar na revista “Observador”. Foi com esse trabalho que se apaixonou por África.
Após o 25 de Abril optou por fazer fotografia publicitária, uma vez que já tinha publicado as suas fotografias em quase todas as revistas e jornais. O sucesso foi tanto, a procura também, que se viu obrigado a aumentar os preços para poder ter tempo para comer e dormir.
Mais tarde optou pelos livros. Curiosamente, virou-se para este outro mundo da fotografia porque gostava de ver o seu nome a aparecer na capa e, claro está, que foi outro êxito. O seu primeiro livro foi “A Cozinha Tradicional Portuguesa”.
Hoje apenas faz colaborações pontuais para revistas, mas quase sempre que o trabalho é a nível de retratos aceita. É uma área que o fascina. Já teve a oportunidade de fazer sessões fotográficas com o Papa, o príncipe Rainier, o sultão Oman e muitos outros.Podemos considerar António Homem Cardoso um autodidacta. Sem nunca ter frequentado cursos, até porque não gostava muito de estudar, conseguiu aprender e singrou na vida. A vontade de vencer era muita e o interesse pela fotografia também, no entanto afirma que nunca concorreu a nenhum prémio porque não gosta de concursos.
Ao longo da sua vida profissional também teve contacto com muitos políticos. Apesar de não ter uma paixão por esta classe, houve alguns que o marcaram, como é o caso de Lucas Pires, Ramalho Eanes, Nuno Abecassis, entre outros. No chamado “Jet-set” também fez bastantes amizades e afirma que as personalidades da nossa sociedade não são o que parecem: ocas, insensíveis, sem inteligência, pelo contrário.
Apesar da sua pouca inclinação para o poder, António Homem Cardoso foi presidente de uma associação de fotógrafos, a Associação dos Fotógrafos de Indústria, Moda, Publicidade e Editorial de Portugal (AFIMPEP) que tinha como objectivo principal defender esta classe, dos maus profissionais, dos oportunistas, dos fotógrafos estrangeiros, etc. Mas os sócios não se entenderam e a associação desfez-se. No entanto, os fotógrafos acabaram por sair beneficiados, porque a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) separou a área da Fotografia das Artes Plásticas, concedendo-lhe um departamento próprio.António Homem Cardoso ajudou muitos aprendizes de fotografia no seu atelier. Deu-lhes a formação que muitas escolas não dão e hoje em dia sente-se orgulhoso por serem uns bons profissionais. No seu estúdio trabalham os seus assistentes, a sua secretária e ainda a sua própria mulher, Maria João, que está a cargo da produção.
Ao nível profissional António é um homem realizado. Fez de tudo um pouco, desde fotografias para jornais, revistas, até à publicidade, aos catálogos e livros. Viajou pelo mundo inteiro, fotografou personalidades importantes e pessoas anónimas, visitou lugares românticos, andou de avião, de helicóptero, de submarino, visitou palácios, fábricas, etc, etc. A fotografia levou-o a muitos locais que guarda na sua memória.Defensor da Monarquia, consequência de antepassados aristocratas, esta ligação ficou reforçada quando, há alguns anos, Sua Alteza Real, D.Duarte, o convidou para ser seu fotógrafo pessoal. No entanto, e apesar de ser um excelente fotógrafo, António diz que nunca foi apaixonado pela fotografia. Foi uma coisa que aconteceu naturalmente, que assumiu como profissão e que faz de tudo para ser bom.
Homem Cardoso was born in 1945 in São Pedro do Sul, but has lived in Lisbon since the age of 10. He has been a professional photographer for more than 25 years. He began with commercial photography and was a reporter until the age of 30. He then devoted himself to the design of different types of image in almost all branches of photography as he was totally averse to specialisation.
Nasceu a 11 de Janeiro de 1945, numa aldeia perto de Viseu chamada Negrelos de S. Pedro do Sul. É descendente de uma família aristocrata e conhecida na região.
Após a morte do pai, a mãe, com oito filhos para criar, viu-se na obrigação de mandar o filho mais novo para Lisboa. Assim, com 10 anos de idade, António passou a viver na Capital, em casa dos tios e a trabalhar como moço de recados.
Mas esta profissão durou pouco tempo, Homem Cardoso depressa se apercebeu que não era isso que queria fazer para o resto da vida. Para reforçar ainda mais esta posição eis que lhe acontece um episódio que mudou a sua vida. Um dia, tinha António 14 anos, ia a passar na Praça de Touros de Algés, quando reparou numas luzes. Como era de dia achou e estranho e resolveu aproximar-se. Era um filme que estava a ser rodado. Os actores principais eram Eddie Constantine e Bárbara Lage. A simpatia pelo jovem de tenra idade foi imediata e durante todo o tempo de gravações passou a sair sempre com eles. No final Eddie Constantine ofereceu-lhe a sua máquina fotográfica, acto que revolucionou a vida de António para sempre. A partir desse momento começou a tirar fotografias, o seu trabalho começou a agradar as pessoas e pensou que poderia fazer desse passatempo a sua profissão e continuar o seu ritmo de vida, livre.Estávamos, então, no início dos anos 60 e António Homem Cardoso começou a percorrer as ruas de Lisboa à procura de acontecimentos do dia-a-dia, a tirar fotografias e a vende-las aos jornais, principalmente ao “Diário Popular” e ao “Diário de Notícias”.
Apesar de ter a sensação de ter uma “luzinha” protectora, que lhe tem dado muita sorte ao longo da vida, António também tem consciência que houve muitas pessoas que o ajudaram a crescer, tais como Ferreira de Castro, Almada Negreiros e Nasceu a 11 de Janeiro de 1945, numa aldeia perto de Viseu chamada Negrelos de S. Pedro do Sul. É descendente de uma família aristocrata e conhecida na região.
Após a morte do pai, a mãe, com oito filhos para criar, viu-se na obrigação de mandar o filho mais novo para Lisboa. Assim, com 10 anos de idade, António passou a viver na Capital, em casa dos tios e a trabalhar como moço de recados.
Mas esta profissão durou pouco tempo, Homem Cardoso depressa se apercebeu que não era isso que queria fazer para o resto da vida. Para reforçar ainda mais esta posição eis que lhe acontece um episódio que mudou a sua vida. Um dia, tinha António 14 anos, ia a passar na Praça de Touros de Algés, quando reparou numas luzes. Como era de dia achou e estranho e resolveu aproximar-se. Era um filme que estava a ser rodado. Os actores principais eram Eddie Constantine e Bárbara Lage. A simpatia pelo jovem de tenra idade foi imediata e durante todo o tempo de gravações passou a sair sempre com eles. No final Eddie Constantine ofereceu-lhe a sua máquina fotográfica, acto que revolucionou a vida de António para sempre. A partir desse momento começou a tirar fotografias, o seu trabalho começou a agradar as pessoas e pensou que poderia fazer desse passatempo a sua profissão e continuar o seu ritmo de vida, livre.
Estávamos, então, no início dos anos 60 e António Homem Cardoso começou a percorrer as ruas de Lisboa à procura de acontecimentos do dia-a-dia, a tirar fotografias e a vende-las aos jornais, principalmente ao “Diário Popular” e ao “Diário de Notícias”.Apesar de ter a sensação de ter uma “luzinha” protectora, que lhe tem dado muita sorte ao longo da vida, António também tem consciência que houve muitas pessoas que o ajudaram a crescer, tais como Ferreira de Castro, Almada Negreiros e Jorge Almasqué. Mas houve um homem que o marcou profundamente e que teve muita influência na sua formação ética como fotógrafo, que foi Augusto Cabrita.
Aos 21 anos vai para a tropa e aí os tempos foram de alguma angústia. Habituado a uma vida livre e sem compromissos, Homem Cardoso deu-se mal com hierarquias e ordens superiores, o que lhe valeu alguns castigos. Esteve no serviço militar durante 3 anos e meio e exercia a função de operador de fotografia. Quando regressou passou a trabalhar na revista “Observador”. Foi com esse trabalho que se apaixonou por África.
Após o 25 de Abril optou por fazer fotografia publicitária, uma vez que já tinha publicado as suas fotografias em quase todas as revistas e jornais. O sucesso foi tanto, a procura também, que se viu obrigado a aumentar os preços para poder ter tempo para comer e dormir.
Mais tarde optou pelos livros. Curiosamente, virou-se para este outro mundo da fotografia porque gostava de ver o seu nome a aparecer na capa e, claro está, que foi outro êxito. O seu primeiro livro foi “A Cozinha Tradicional Portuguesa”.
Hoje apenas faz colaborações pontuais para revistas, mas quase sempre que o trabalho é a nível de retratos aceita. É uma área que o fascina. Já teve a oportunidade de fazer sessões fotográficas com o Papa, o príncipe Rainier, o sultão Oman e muitos outros.Podemos considerar António Homem Cardoso um autodidacta. Sem nunca ter frequentado cursos, até porque não gostava muito de estudar, conseguiu aprender e singrou na vida. A vontade de vencer era muita e o interesse pela fotografia também, no entanto afirma que nunca concorreu a nenhum prémio porque não gosta de concursos.
Ao longo da sua vida profissional também teve contacto com muitos políticos. Apesar de não ter uma paixão por esta classe, houve alguns que o marcaram, como é o caso de Lucas Pires, Ramalho Eanes, Nuno Abecassis, entre outros. No chamado “Jet-set” também fez bastantes amizades e afirma que as personalidades da nossa sociedade não são o que parecem: ocas, insensíveis, sem inteligência, pelo contrário.
Apesar da sua pouca inclinação para o poder, António Homem Cardoso foi presidente de uma associação de fotógrafos, a Associação dos Fotógrafos de Indústria, Moda, Publicidade e Editorial de Portugal (AFIMPEP) que tinha como objectivo principal defender esta classe, dos maus profissionais, dos oportunistas, dos fotógrafos estrangeiros, etc. Mas os sócios não se entenderam e a associação desfez-se. No entanto, os fotógrafos acabaram por sair beneficiados, porque a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) separou a área da Fotografia das Artes Plásticas, concedendo-lhe um departamento próprio.António Homem Cardoso ajudou muitos aprendizes de fotografia no seu atelier. Deu-lhes a formação que muitas escolas não dão e hoje em dia sente-se orgulhoso por serem uns bons profissionais. No seu estúdio trabalham os seus assistentes, a sua secretária e ainda a sua própria mulher, Maria João, que está a cargo da produção.
Ao nível profissional António é um homem realizado. Fez de tudo um pouco, desde fotografias para jornais, revistas, até à publicidade, aos catálogos e livros. Viajou pelo mundo inteiro, fotografou personalidades importantes e pessoas anónimas, visitou lugares românticos, andou de avião, de helicóptero, de submarino, visitou palácios, fábricas, etc, etc. A fotografia levou-o a muitos locais que guarda na sua memória.Defensor da Monarquia, consequência de antepassados aristocratas, esta ligação ficou reforçada quando, há alguns anos, Sua Alteza Real, D.Duarte, o convidou para ser seu fotógrafo pessoal. No entanto, e apesar de ser um excelente fotógrafo, António diz que nunca foi apaixonado pela fotografia. Foi uma coisa que aconteceu naturalmente, que assumiu como profissão e que faz de tudo para ser bom.
- Primeiro Prémio (Elefante de Ouro), na 20ª. Exposição de Manifesto Turístico em Itália.
- Premiado pela Office Internacional De La Vigne Et Du Vin referente ao trabalho no livro do Dão.
- Premiado pela Office Internacional De La Vigne Et Du Vin referente ao trabalho do livro do Alentejo.
Obras
- Cozinha Tradicional Portuguesa (co-autor)
- Oriente Ocidente nos Interiores em Portugal (co-autor)
- Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal
- Sintra, A Paisagem e as suas Quintas
- Os Meus 50 Melhores Vinhos
- Vista Alegre - Porcelanas
- Navio Escola Sagres
- O Retrato na Obra do Pintor" de Luís Pinto Coelho.
- Enciclopédia dos Vinhos de Portugal "Os Vinhos Verdes"
- Encenar a Cidade" Livro do Metropolitano de 1994.
- Enciclopédia dos Vinhos de Portugal - "Os Vinhos do Alentejo"
- André Jordan - 25 Anos de Realizações em Portugal
- O Caminho Português para Santiago (co-autor)
- Viseu - Terra de alegrar o coração
Homenagem ao Mestre Homem Cardoso pelos seus 40 anos de carreira ímpar e pelo engrandecimento da arte fotográfica em Portugal, na Sociedade Nacional das Belas Artes, Lisboa, em Maio de 2008