Pauliana Valente Pimentel nasceu em Lisboa em 1975, a cidade onde ainda vive, mas trabalha em todo o mundo. Como artista e fotógrafa freelancer produz desde 1999 reportagens fotográficas para várias revistas e jornais portugueses e estrangeiros.
Em 2005, participou no curso de fotografia do Programa Gulbenkian de Criatividade e Criação Artística. Ela foi membro do coletivo [Kameraphoto] de 2006 até sua extinção em 2014, e um membro fundador do coletivo “N'WE” em 2016. Além de sua participação em livros de autoria coletiva, ela produziu seu próprio primeiro livro 'VOL I' em 2009, publicado por Pierre Von Kleist e 'Caucase, Souvenirs de Voyage' em 2011 pela Fundação Gulbenkian. Filmografia: “Diz-se que Portugal é um bom país para se viver”, 40 min, Portugal 2011; “Jovens de Atenas / Juventude de Atenas”, 13 min. Atenas, Grécia, 2012; "Entre Nous", 51 min. Portugal, França, 2014.
Em 2015 ganhou o prémio de melhor trabalho fotográfico do ano pela Sociedade Portuguesa de Autor e em 2016 foi nomeada para o prémio do Novo Banco, o prémio mais importante em Portugal para a fotografia contemporânea.
Já fez várias exposições na Europa - Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Grécia, mas também fora como EUA, Turquia, China e África (Marrocos e Cabo Vert). Foi representada durante cinco anos pela Galeria 3 + 1 Arte Contemporânea no Chiado e hoje é representada pela Galeria das Salgadeiras, em Lisboa. Parte de seu trabalho pertence a coleções particulares e institucionais.
empty quarter
Em 2015 fui convidado pela curadora Marie Loffreda para desenvolver um projeto fotográfico em Dubai. O objetivo era construir uma memória visual, registrando situações cotidianas, colocando uma imagem fotográfica entre documentário e poesia, em um registro enraizado na tradição de Robert Frank, William Eggleston, Walker Evans, Stephen Shore ou Alec Soth, onde um errante Resulting in an mistura eclética de indivíduos, paisagens e interiores. Visualmente o que mais me fascinou para um lado dos sonhos, um lado plástico e não real que se confunde com uma realidade. Eu estava particularmente interessado em fotografar os sites, os Emirados Árabes Unidos e tentando tocar de uma maneira que eles vivem sua intimidade. Eu não poderia permanecer o mesmo que esta cidade dos Emirados Árabes Unidos evoluiu em tão poucos anos graças ao petróleo e comércio, brotando das areias do deserto da Arábia.
quel pedra
Há uma lenda no Mindelo, na ilha de São Vicente, que diz que os que se sentam em uma pedra específica no bairro de Font Flip vão se tornar gays. Foi nesse bairro que conheci Steffy e sete de suas amigas: Edinha, Gi, Elton, Sindji, Susy, Henio e Jason. Esses meninos, com idades entre dezessete e vinte e cinco anos, são transgêneros, pois gostam de usar roupas femininas, maquilhar e ser chamados por nomes femininos. Face a esta situação específica em Cabo Verde, e ao significado desta pedra, decidi dar o seu direito a esta obra Quel Pedra, que é Criolo para essa Pedra.
in the way of ali farka
Esta série foi feita no Mali e é uma homenagem ao músico Ali Farka Touré.
Nessa jornada, sigo os passos de Ali Farka e fiquei com seus amados amigos e familiares musitenses.
Parte deste trabalho foi publicado no livro ‘África See you See me’ Influências Africanas na Fotografia Contemporânea. Editado por Awam Amkpa. ÁFRICA. CONT-CML. 2012; e expôs em 2010 em Lisboa e 2011 em Florença, Roma, Pequim, Macau, Senegal e Nigéria.
susana
Este trabalho foi resultado do curso de criação fotográfica e artística realizado na Fundação Caloust Gulbenkian coordenada por Sérgio Mah e com a presença dos artistas e curadores: Stephen Shore, Thomas Demand, Patrick Faigenbaum, Joan Fontcuberta e os curadores: Paul Wombel, Ute Eskildsen e Teresa Hubbard / Alexander Birchler.
http://www.paulianavalentepimentel.com
