FABIO DE BITTENCOURT
Formação
2002 / 05 - Pós graduação: Mestrado em Artes Visuais, Unicamp
2002 / 05 - Pós graduação: Mestrado em Artes Visuais, Unicamp
1990 – 3°Grau: Licenciatura e Bacharelado em Artes Plásticas Universidade Estadual de Campinas – Unicamp
1981 – 2° Grau: Colégio Batista Brasileiro, São Paulo
1977 - 1°Grau: Escola Estadual de 1° e 2° grau “Lasar Segall”,São Paulo
Formação Artística
2006 – Seminário Convergências na Arte Contemporânea, Instituto de Artes, Unicamp.
2004 – Palestra com o historiador Rodrigo Naves no Centro Cultural CPFL, Campinas
- Palestra com o historiador Luciano Migliaccio no Centro Cultural CPFL, Campinas
- Palestra com o crítico e curador Agnaldo Farias no Centro Cultural CPFL, Campinas
- Palestra com o crítico e curador Agnaldo Farias no SESC, Campinas
2002 – Oficina com Carmela Gross, Centro Cultural São Paulo
2001 – Teorias e procedimentos das expressões plásticas bidimensionais com Luise Weiss.Pós- Graduação do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas- Unicamp.
1998 – Oficinas Interativas Arte em Movimento- SESC Pompéia com Agnaldo Farias, Paulo Pasta, Carlos Fajardo, Iole de Freitas, Eduardo Sued, Gil Vicente, Marco Túlio Rezende, Nelson Leirner, Santiago Cañizares, Rodrigo Naves, Ricardo Basbaum e Cláudio Feijó
- Palestra com o historiador Rodrigo Naves e Eduardo Sued, Arte em Movimento, SESC Pompéia, São Paulo
1995 – Curso sobre Instalação com Mary Dristchel – Dpto. Pós- Graduação do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp
1994 – Curso de História da Arte com Alberto Tassinari, IFCH- Unicamp, Campinas
- Curso “Imagem eletrônica – Tempo e Espaço em Vídeo”, com Kiko Goifman, Museu da Imagem e do Som de Campinas, Campinas
1993 - Curso “Pintura no Brasil-sec.XIX e XX” , com Agnaldo Farias, Aracy do Amaral e Tadeu Quiarelli no Instituto Cultural Itaú, Campinas
1986 – Curso de Gravura em Metal, com Arnaldo Batalhini, Museu Lasar Segall.
1984 – Curso de Desenho de anatomia com Inácio Justo, São Paulo
- Curso teórico e prático de escultura e Objeto com Marco do Valle, Unicamp, Campinas
1983 - Curso Desenho Artístico com Cássio Michelani, MAM-Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curso de Desenho Artístico com Modelo vivo, Pinacoteca de São Paulo, PMESP
1980/82 – Atelier Desenho e Modelagem, Museu Lasar Segall – São Paulo
1972/75 – Criatividade, curso de desenho, pintura e teatro realizado na Biblioteca Viriato Corrêa, São Paulo.
Carpa. acrilica/tela. 120 x 90 cm. 2013.
da catarse pictórica "comedida"...
imagem: detalhe da obra "Grande Carpa Laranja", acrilica e carvão/tela. 2012. acervo particular:coleção Eliane Rocha
Atividades Profissionais
Artista Plástico e Professor.
1996 até o presente – Curso Desenho, Pintura no Atelier de Arte e Expressão.
2005 até o presente – Curso Desenho, Pintura e Historia da Arte no Alquimia Espaço Cultural
2012 – Curso Arte Contemporânea, Pintura em Tinta Acrílica, Sesc Campinas
- Curso teórico O Modernismo e a Semana de Arte Moderna de 22 no Brasil, Sesc Campinas.
2007/08 – Docente da FAAL. Faculdade de Artes e Administração de Limeira. Disciplinas: Desenho I e II, Módulo I e II, Linguagem e expressão plástica I e História da Arte I e II.
- Curso “Pintura Contemporânea” em Limeira – Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
- Curso “Pintura com tinta acrilica” em Limeira – Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, Elias Fausto
2006 – Curso “História da Arte-Moderna e Contemporânea” em Piracicaba – Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
- Oficina “Pintura e suas técnicas” em Mogi-Guaçu – Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
Curso “História da Arte-Moderna e Contemporânea” em Mogi-Guaçu – Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
2004 - PED- Programa Estagio Docente – Unicamp, Campinas
- Oficina “Desenho Artístico ” em Iracemápolis pelas Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
- Oficina “Pintura” em Iracemápolis pelas Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo
- Oficina “A Tinta acrílica e suas técnicas” no SESC, Campinas
2003 – Oficina “A Figura Humana – Expressão e Construção” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Limeira
- Assessoria técnica para Industria de vitrais Geukas, Vinhedo
2002 – Palestra “Panorama da pintura Moderna e Contemporânea”, Sesc-Campinas
2001 – Oficina “A Paisagem no olhar” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Limeira
Oficina “A Paisagem no olhar” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes, Secretaria Estadual de Cultura de SP, Piracicaba
- Curso de Pintura- O espaço pictórico na Casa das Artes de Piracicaba
- Oficina de pintura “O espaço pictórico” no Museu de Arte Contemporânea de Campinas.Secretaria Estadual de Cultura de SP. Oficina Cultural Regional Carlos Gomes
2000 / 2004 - Curso de Desenho e Pintura no Atelier Chico Fonseca, Campinas
2000 – Oficina “Pintura – O espaço de uma linguagem” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Limeira
- Oficina “Pintura-O espaço de uma linguagem” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Piracicaba
- Oficina “Pintura-O espaço de uma linguagem” no Museu de Arte Contemporânea de Campinas. Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, Campinas
1999 e 2000 – Oficina de “O Desenho e suas técnicas” SESC, Campinas
1999 – Oficina de “Desenho Artistico” no Museu de Arte Contemporânea de Campinas. Secretaria Estadual de Cultura de SP. Oficina Cultural Carlos Gomes
Oficina “Desenho Artistico” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Limeira -SP
- Oficina “Desenho Artistico” Oficinas Culturais Regionais Carlos Gomes. Secretaria Estadual de Cultura de SP, Piracicaba -SP
1997 - Curso de Desenho de Observação na Escola de Artesania Municipal, Conselho do Patrimônio Histórico e Fundação Casa Amarela
- Curso de Desenho e Pintura na Galeria de Arte Pirâmide, Campinas
1996/99 – Curso de Desenho e Pintura Círculo Militar de Campinas
1996/97 – Curso Desenho Artístico. Centro Profissionalizante Dr. João de Souza Coelho – PMC, Campinas
1996 – Curso “Iniciação ao Desenho Artístico”-Prefeitura Municipal de Campinas. Centro de Convivência Cultural, Campinas.
- Curso “Panorama da Escultura Moderna e Contemporânea” Centro de Convivência Cultural, Campinas.
Curso de Desenho Artístico Escola Arquitec, Campinas
- Oficina de Artes plásticas, SESC. Campinas
- Curso de Desenho, Pintura e Modelagem na Fundação Orsa,- Campinas
1995/98 – Curso de Desenho e Pintura no Atelier de Arte e Expressão, Campinas
1995/98 – Curso de Desenho Artístico na Escola de Arte Ludus, Campinas
1995 – Curso Iniciação ao Desenho Artístico. EMCEA- Escola Municipal de Cultura e Arte, Campinas.
1994 – Curso – A Escultura Moderna e Contemporânea no MIS -Museu da Imagem e do Som de Campinas
- Cenografia para os vídeos: “Clones, bárbaros e replicantes” e “Toshimi”, Estúdio Eletrônico, Campinas
- Make-up para os vídeos “Ditados Populares 29″ e “Toshimi”, Estúdio Eletrônico, Campinas
- Participação como performer no vídeo “A hidra de lerna – Os doze trabalhos de Hércules”, Estúdio Eletrônico, Campinas
1994 / 2006 – Curso de Desenho e Pintura na Scala, Campinas
1992/94 – Monitor e assessor técnico do Itaúcultural, Centro de Informática e Cultura II, Campinas
1991/92 – Assessor técnico do MACC- Museu de Arte Contemporânea de Campinas
- Palestra “Obra em processo”. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Departamento de Artes Visuais.
1987 / 91 – Curso de Desenho Artístico no MACC-Museu de Arte Contemporânea, Campinas
1990 – Estagiário de Licenciatura em Educação Artística pela Unicamp na EEPSG Prof. José Pedro de Oliveira, Campinas
1987 e 89 – Monitor de Artes plásticas do Projeto Recreio da Secretaria Municipal de Cultura – PMC, Campinas
2 obras em acrilico/papel. 2006.
acrilica e colagem/tela. 100 x 80cm.
Suspeito, Mulher e Morro. acrilica,verniz, colagem, grafite/tela. 110 x 90 cm. 1999.
Ulrike
Meinhof" tinta acrilica,pastel e colagem sobre tela. 100 x 80 cm. 2010.
coleção particular: Ana Sylvia Fonseca
ééé Miss. Mickey ta fogo hein!
imagem: série Biskulla. acrilico e carvão/papelão. 70 x 50cm. 2012.
imagem: série Biskulla. acrilico e carvão/papelão. 70 x 50cm. 2012.
série Elucidário. mista/tela. 2000-2013 (corrente)
série Elucidário. mista/tela. 2000-2013 (corrente)
CORPO ATRAVESSADO
Sonia Fardin
Tenho acompanhado pelo facebook os posts de Fábio Bittencourt sobre suas criações e a rotina de seu ateliê. O encanto virtual levou-me ao encontro presencial, Fábio me recebeu em seu ateliê para conversarmos sobre minha pesquisa. O que seria uma conversa transformou-se em alguns encontro...s de grande troca de experiências. Um dos temas que nos aproximou foi a conexão de sua obra com a linguagem gráfica e com a fotografia, em especial na série Elucidário, sobre a qual Fábio afirma “Esta série de pinturas tem origem em imagens de jornais e revistas do meu cotidiano na tentativa de registrar alguns acontecimentos ou imagens significativas que de certa maneira acabam atravessando o meu imaginário. Em sua maioria são imagens de um repertório urbano e sensual - a figura humana, fotos e diagramações das publicações motivam, através da técnica da pintura em contraposições de preto e branco, colagens e aguadas sobre tela que visam recriar uma atmosfera bruta e marginal”. No conjunto da obra de Fábio destaca-se a forte presença do corpo feminino atravessado por múltiplas possibilidades técnicas e afirmações poéticas. Na série Elucidário explode o feminino ultrajado e nas séries Diadorim e Baader Menholf Komplex Fábio recria a força de corpos femininos que se lançam em armas e afirmam-se sujeitos de seu tempo. O Ateliê de Fábio é sem duvida um lugar de muitas possibilidades.
Sonia Fardin é Historiadora, mestra em História, especilaista em projetos culturais e acervos visuais.
Sonia Fardin
Tenho acompanhado pelo facebook os posts de Fábio Bittencourt sobre suas criações e a rotina de seu ateliê. O encanto virtual levou-me ao encontro presencial, Fábio me recebeu em seu ateliê para conversarmos sobre minha pesquisa. O que seria uma conversa transformou-se em alguns encontro...s de grande troca de experiências. Um dos temas que nos aproximou foi a conexão de sua obra com a linguagem gráfica e com a fotografia, em especial na série Elucidário, sobre a qual Fábio afirma “Esta série de pinturas tem origem em imagens de jornais e revistas do meu cotidiano na tentativa de registrar alguns acontecimentos ou imagens significativas que de certa maneira acabam atravessando o meu imaginário. Em sua maioria são imagens de um repertório urbano e sensual - a figura humana, fotos e diagramações das publicações motivam, através da técnica da pintura em contraposições de preto e branco, colagens e aguadas sobre tela que visam recriar uma atmosfera bruta e marginal”. No conjunto da obra de Fábio destaca-se a forte presença do corpo feminino atravessado por múltiplas possibilidades técnicas e afirmações poéticas. Na série Elucidário explode o feminino ultrajado e nas séries Diadorim e Baader Menholf Komplex Fábio recria a força de corpos femininos que se lançam em armas e afirmam-se sujeitos de seu tempo. O Ateliê de Fábio é sem duvida um lugar de muitas possibilidades.
Sonia Fardin é Historiadora, mestra em História, especilaista em projetos culturais e acervos visuais.
"3 aparições de Sininho" monotipia e esmalte metálico/papel. 50 x 40 cm. 2013.
O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem"
texto: Guimaraes Rosa
imagem: "Diadorim Assum Preto" acrilica e carvão/tela. 2009.
Flor quadrado e coração. acrilica e carvão/tela. 155 x 110cm. 2012. coleção particular Amaranta Krepschi e Bernardo Fernandes
Muhollanddrive" tecnica mista/tela. 120 x 90 cm. 2009
exposições
Individuais
2012 – “Deriva” – Galeria Sede, Viveiro Multiplicadora e Artesã, Campinas
2006 / 07 – “Noturnos” – Clube Informal, Campinas-SP
2005 - “Retratos” – Clube Informal, Campinas-SP
- “Tributo” – Galeria de Arte- Revista Hypemagazine, Jundiai
2004 – “Desenhos e Pinturas-Construção e Expressão” Galeria de Arte Unicamp, Campinas
- Pintura de grande painel ” Do espanto às maravilhas esquecidas”, SESC Campinas
2003 – “Tributo”- Centro Cultural Evolução , Campinas
- “Acervo”, Galeria de Arte Unicamp, Campinas
2001 – “Preto e Branco”- Centro Cultural Evolução, Campinas
2000 – “Ronda”, Sala Mário Pedrosa- Secretaria Municipal da Cultura, São Paulo
1998 – “Mácula”, Centro de Convivência Cultural, Campinas
- “Pinturas” , GAIA- Galeria de Arte, Piracicaba
1997 – “Gravuras”- Galeria Losango Caqui, Campinas
- “Trajetória”- Galeria de Arte da Unicamp, Campinas
1996 – “Construções de Confronto”, Galeria SESC- Paulista, São Paulo
1995 – “Pintura”- Galeria do Tênis Clube de Campinas
1992 – “The Bats”- Centro de Convivência Cultural de Campinas
1989 – “Desenhos”- Museu de Arte Contemporânea de Americana
1987 – “Desenhos”- Galeria de Arte da Unicamp, Campinas
Mulher e cabeça de cavalo. 66 x 50 cm. tecnica mista/papel. 2012
Cáfila 01. 66 x 50 cm. tecnica mista/papel. 2012
que agradavel surpresa!!! recebi agora um email de uma pessoa que não me conhece,viveu na Europa, e adquiriu uma pintura minha em Paris ! é minha sim Manuel \o/ nossa eu não a via a 11 anos e nunca mais soube do paradeiro desta! obrigado Manuel Guglielmo por procurar o autor desta pintura e até achar, viva, to muito feliz! é minha sim da Serie Mácula. data: 2001. acrilica/tela. 110 x 90 cm.
Fairuza me deu um tiro - American Perfect. acrilica e carvão/tela. 2006
sem titulo. acrílica e carvão /tela. 90 x 80 cm. 2012
Coraco braquial. 2012. acrilica/tela. 170 x 120cm
Gema II. acrilico e carvão/tela. 150 x 120cm. 2012
Construção 02. acrilica e carvão/tela. 130 x 86 cm data: 2012.
Carpa 04. tinta acrílica / tela. 150 x 120cm. 2012
Praça 02. acrílica e carvão/tela. 130 x 96cm. data: 2012
Fábio Bittencourt é um artísta vigoroso. Sua alma dialoga com heranças expressionistas, suas pinceladas são carregadas de emoção, seu ritmo é rápido, alternando a linguagem do cartum com uma experiência pictórica primal. Essa postura se traduz nas pinturas quase automáticas, nas suturas, nas aguadas que encharcam e esg...uiçam as telas e papéis, nos desenhos que demarcam a superfície como cicatrizes.
A mola propulsora de seu trabalho é a emoção. É ela que emoldura construções sobrepostas,que ora narram figuras, sugerem histórias, ora simplesmente escorrem com a soltura do impulso.
Em 1989, Bittencourt encontrou na imagem dos morcegos, com sua atração pela velocidade, pelas sombras e pelo perigo, a possibilidade de recriar uma metáfora para o ser urbano. Nessa recriação, Fábio Bittencourt busca a mesma síntese que o faz traçar um paralelo entre o protagonista do filme “Nosferatu”, de F.W.Murnau, do início do século, e os carecas orelhudos do movimento punk dos anos 80.
Com uma formação consistente no manejo do grafite, da cera, do nanquim e do guache, o artista resolve arriscar outras possibilidades matéricas. Em 1992, estimulado por uma situação em que tinha pouco espaço e nenhuma privacidade, pos-se a costurar bonecas. Literal e obsessivamente. Das suturas aparente e dos recortes de pano, construidos em dimensões de relíquias ou segredos, Bittencourt foi traçando diálogos sintéticos com o corpo, alternando a linguagem cartunística com sombrios e violentos comentários sobre a natureza humana-mais especificamente e supreendentemente, sobre a mulher.
De volta à pintura, inspirado nos neo-expressionistas alemães como Baselitz e Lüpertz ou de Philip Guston, ele voltou-se para os contornos e embricamentos das formas, partindo de objetos de seu próprio cotidiano.Como que num zoom fotográfico, utilizando quase que apenas os tons em preto-e-branco, ele expandiu detalhes de tubos de tinta,potes, colheres, batatas, alternando vigor formal com um desmanche pictórico.
Foi aí que o artista começou a reconquistar, gradualmente, o próprio espaço da obra.Os desenhos e pinturas que qpresenta nesta mostra-grandes, esparramados, articulados no uso do carvão, do crayon, da tinta acrílica são o resultado dessa conquista.
Aqui Bittencourt captou uma nova sintonia, soltando a pintura em busca dela mesma. As construções são intuitivas. Parecem brotar de um susto, que resignado, resolve assumir a imagem que intuitivamente originou.
À maneira que remete, por exemplo, a Cezanne,o artista se concentra no fazer artístico e estrutura suas formas e cores à medida em que as pinceladas vão brotando na tela, no papel, no suporte que seja.
Katia Canton.
Jornalista e crítica de arte, curadora e Professora Doutora associada do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Mestre e PhD em artes interdisciplinares pela New York University.
A mola propulsora de seu trabalho é a emoção. É ela que emoldura construções sobrepostas,que ora narram figuras, sugerem histórias, ora simplesmente escorrem com a soltura do impulso.
Em 1989, Bittencourt encontrou na imagem dos morcegos, com sua atração pela velocidade, pelas sombras e pelo perigo, a possibilidade de recriar uma metáfora para o ser urbano. Nessa recriação, Fábio Bittencourt busca a mesma síntese que o faz traçar um paralelo entre o protagonista do filme “Nosferatu”, de F.W.Murnau, do início do século, e os carecas orelhudos do movimento punk dos anos 80.
Com uma formação consistente no manejo do grafite, da cera, do nanquim e do guache, o artista resolve arriscar outras possibilidades matéricas. Em 1992, estimulado por uma situação em que tinha pouco espaço e nenhuma privacidade, pos-se a costurar bonecas. Literal e obsessivamente. Das suturas aparente e dos recortes de pano, construidos em dimensões de relíquias ou segredos, Bittencourt foi traçando diálogos sintéticos com o corpo, alternando a linguagem cartunística com sombrios e violentos comentários sobre a natureza humana-mais especificamente e supreendentemente, sobre a mulher.
De volta à pintura, inspirado nos neo-expressionistas alemães como Baselitz e Lüpertz ou de Philip Guston, ele voltou-se para os contornos e embricamentos das formas, partindo de objetos de seu próprio cotidiano.Como que num zoom fotográfico, utilizando quase que apenas os tons em preto-e-branco, ele expandiu detalhes de tubos de tinta,potes, colheres, batatas, alternando vigor formal com um desmanche pictórico.
Foi aí que o artista começou a reconquistar, gradualmente, o próprio espaço da obra.Os desenhos e pinturas que qpresenta nesta mostra-grandes, esparramados, articulados no uso do carvão, do crayon, da tinta acrílica são o resultado dessa conquista.
Aqui Bittencourt captou uma nova sintonia, soltando a pintura em busca dela mesma. As construções são intuitivas. Parecem brotar de um susto, que resignado, resolve assumir a imagem que intuitivamente originou.
À maneira que remete, por exemplo, a Cezanne,o artista se concentra no fazer artístico e estrutura suas formas e cores à medida em que as pinceladas vão brotando na tela, no papel, no suporte que seja.
Katia Canton.
Jornalista e crítica de arte, curadora e Professora Doutora associada do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Mestre e PhD em artes interdisciplinares pela New York University.
Monotipia prova 027/2013. tinta impressão/papel. 2013
Paisagem com mesa de dissecação. tempera vinílica e acrílica/tela. 190 x 96 cm. data: 2011-12.
Yellow 01. (bucket sleeve). acrílic, medium vinílic and charcoal /canvas. 150 x 130cm. date: 2012
Azul DS_01 (homenage a De Stäell). acrilica / tela. 80 x 60 cm. 2012
Flor_quadrado III. mista/tela 120 x 100 cm. 2012
Flor quadrado III. acrílica e carvão/tela. 120 x 100 cm. 2012.
Viva la vynil! Cd is likebad acid !
Sérgio Puccini. Doutor em Multimeios - Unicamp. Roterista, Dramaturgo e Escritor.
O slogan esta no encarte do album Vitalogy, da banda Pearl Jam e diz muito a respeito de uma certa tendencia na musica atual, a recusa a essa assepsia digital, a valorização do chiado, o ruído, comum a...o sistema analógico.
O trabalho de Fabio de Bittencourt traz muito desse ruído.Vai radicalmente contra as teorias mitabolantes que insistem em querer decretar o fim da pintura em nome do avanço das novas tecnologias.Não é de graça que muito das influencias do Fabio vem das bandas de rock como Nirvana, Sonic Youth ou a já citada Pearl Jam.
Dessa forma, Fabio se alia a artistas emergentes como Raymond Pettibon, Rita Ackerman, Gary Panter e Phil Frost que, guiados pelo espírito de Jean Michel (Basquiat), trabalham com os olhos acessos e os ouvidos atentos!
Baselitz, Lupertz, Senise, Schnabel, Clemente, Kiefer, Penk, Immendorf e acrescente nessa lista, Fabio de Bittencourt.
Se a pintura está morta, eu devo estar no paraíso...
Sérgio Puccini. Doutor em Multimeios - Unicamp. Roterista, Dramaturgo e Escritor.
O slogan esta no encarte do album Vitalogy, da banda Pearl Jam e diz muito a respeito de uma certa tendencia na musica atual, a recusa a essa assepsia digital, a valorização do chiado, o ruído, comum a...o sistema analógico.
O trabalho de Fabio de Bittencourt traz muito desse ruído.Vai radicalmente contra as teorias mitabolantes que insistem em querer decretar o fim da pintura em nome do avanço das novas tecnologias.Não é de graça que muito das influencias do Fabio vem das bandas de rock como Nirvana, Sonic Youth ou a já citada Pearl Jam.
Dessa forma, Fabio se alia a artistas emergentes como Raymond Pettibon, Rita Ackerman, Gary Panter e Phil Frost que, guiados pelo espírito de Jean Michel (Basquiat), trabalham com os olhos acessos e os ouvidos atentos!
Baselitz, Lupertz, Senise, Schnabel, Clemente, Kiefer, Penk, Immendorf e acrescente nessa lista, Fabio de Bittencourt.
Se a pintura está morta, eu devo estar no paraíso...
Stage Diving
Regina Muller
Antropóloga, Pós-Doutora em Antropologia da Arte. Performer e atriz .
Embate ou cópula pode ser o nome da relação de Fábio De Bittencourt com a tela na produção de suas obras. O movimento dos que se atiram sobre o público nos espetáculos de rock, chamado stage diving, também serve como imag...em para descrever a ação do artista sobre a tela que recebe o impacto de seu corpo, encontro de uma energia corpórea tensa com a maciez e flexibilidade do tecido preso no chassis. O traço gestual é resultado de um movimento total do corpo, não apenas das mãos e braços, mas impressão da fisicalidade de uma ação corporal que tal como um dínamo, gera energia e é gerada com o próprio embate. Nada de body painting, nem de pintura gestual. A figuração é o objetivo desta ação como se o seu universo interno cheio de sensações, pesadelos, delírios e devaneios eróticos em meio ao caos urbano, da noite e da violência, forçasse uma golfada. É o corpo excretando por todos os poros a intoxicação provocada por estas experiências, prazerosas, envolventes e alucinantes. Figuras híbridas, auto-retratos, ícones pop, formas reinventadas na ação, emergidas da materialidade pictórica que resulta do embate. Corpo, movimento, jogar-se, energia corpórea, ação cinestésica, relação. Não é aleatório que, das telas, Bittencourt expande essa ação para a performance, onde a relação com o espaço, a kinesfera se expande para além do espaço entre o corpo do artista e a tela e penetra na kinesfera de outros corpos e o dínamo se alimenta da energia de respostas sensoriais de outros corpos. É como sua dança, nos espetáculos de rock que costuma freqüentar, buscando no ambiente denso sonoro, sensações envolventes e materialidade física e corporal, de onde emergem imagens e o espírito se intoxica.
Regina Muller
Antropóloga, Pós-Doutora em Antropologia da Arte. Performer e atriz .
Regina Muller
Antropóloga, Pós-Doutora em Antropologia da Arte. Performer e atriz .
OBRAS 01
obra: Noturno rabbit. 2011. técnica mista/papel. 66 x 48 cm.
obra: Bola e copázio. 2011. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm.
obra: Menina e móvel. 2011. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm.
obra: Noturno n.003l. 2011. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm.
obra: serie: Azul e preto. (Mulher e vaso). técnica mista/papel. 66 x 48 cm. 2011
obra:série: Azul e preto n.o 011. 66 x 44 cm. Técnica mista/tela. 2011
obra: Azul e preto n.o 007. 58 x 48 cm. mista/papel. 2011.
obra: Círculo nulo. 66 x 44 cm. mista/papel. 2011.
obra: Boi. 2011. tecnica mista/papel. 54 x 66 cm.
obra: Ocre e preto n. 003. 66 x 48 cm. mista/papel. 2011.
obra: 1+1=3. técnica mista/papel. 66 x 48 cm. data:2011
obra: Poker face. tecnica mista / papel. 66 x 48 cm . data: 2011
obra: Janela Um. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm. data: 2011
obra: Mago. técnica mista/papel. 66 x 48cm. data:2011
obra: Slim cam. tecnica mista/papel. 66 x 48cm. data:2011
Tiffany & Co. técnica crayon, acrilica e colagem/papel. 66 x 48cm. data:2012
obra: Blackreds I. técnica mista/papel. 66 x 48 cm. data:2011
obra: Miss Gloves. técnica mista/papel. 66 x 48 cm. data: 2011.
obra: F i F i Fuck. técnica mista/papel. 66 x 48 cm. data: 2011
obra: Shinkanzen speedgirl. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm. data:2011
obra: Diaba II . 2011. tecnica mista/papel. 66 x 48 cm. data:2011
obra: Pirata elétrica. técnica mista/papel. 66 x 48 cm. data: 2011
obra: Xikha . acrilica/papel. 68 x 44cm. data:2011
Mico azul. 74 x 47 cm. mista/papel. 2011
Exposições Coletivas e Salões
2009 – “EPTV 30 anos. 79-09 Arte Contemporânea”, Rede Globo EPTV e Atelier Aberto, Campinas- Coletiva Arte Contemporânea da Região, Sindicato dos Contabilistas, Campinas-SP
2008 – Fluxus Arte – Prefeitura Municipal de Campinas – NECS, Campinas
2007 – Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura, Limeira
- Panorama Contemporâneo, Estação Cultural da SMC, Campinas
2005 – Afinidades Eletivas, Espaço CPFL, Campinas
- Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura, Limeira
- Coletiva espaço Alquimia, Campinas
2004 – Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura, Limeira
2003 – “Mickeys”. Oficinas Regionais de Cultura Carlos Gomes, Limeira
- Café Concerto. Centro Cultural Evolução, Campinas
2001 – I Bienal Nacional de Gravura, SESC, Piracicaba
- Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura, Limeira
- Galeria Casa da Arte, Campinas
- 32.o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
2000 – “Iniciativas” Centro Cultural São Paulo, São Paulo
- 8º Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo
1999 – 56º Salão Paranaense de Arte Contemporânea, Curitiba
- “Retralha”, FUNARTE, São Paulo
- 31.o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
- Grupo “Olho Seco”, Atelier Daora Brandão, São Paulo
- “Lugar de qualquer lugar” no Museu de Arte Contemporânea de Americana
- Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura, Limeira
Espaço Nosso Escritório, Campinas
- Espaço Ecológico Rua do Porto, Piracicaba- “Três por Quatro”, Espaço cultural Central, Campinas
1998 – Participa do projeto “Arte em Movimento”- SESC Pompéia, São Paulo
- “Mapa Cultural Paulista”- Engenho Central, Piracicaba
- “Mácula”, MAC- Museu de Arte Contemporânea de Campinas
- “O Gato”- Museu de Arte Contemporânea de Campinas
- “O casal”- Atelier Sylvia Matos e Casa do Povoador , Piracicaba
- “Happy Arte”- Espaço Cultural Scala, Campinas
- Gaia – Galeria de Arte, Piracicaba
- “Retratos do 28°BIB”, Galeria de Arte do Círculo Militar de Campinas
- 30.o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
Pinturas”- Banco Francês e Brasileiro, Campinas
1997 -”Heranças Contemporâneas”. MAC-Museu de Arte Contemporânea de São Paulo
- “Tributo a Carlos Gomes”- Galeria de Arte do Centro de Convivência, Campinas
- “Luz e Cor”- Galeria de Arte Pirâmide, Campinas
- “15 Anos”- Galeria de Arte Aquarela, Campinas
1996 – “Atelier 3″ no Mercado Mundo Mix, Campinas
- “Reprografia” Galeria de Arte Vera Ferro, Campinas
- “Mercadores da Arte”, Campinas
1995 – “Instalação no Parque Ecológico”, Campinas
- 20.o Salão de Arte Contemporânea de Limeira
- ”Panorama 95”- MAC- Museu de Arte Contemporânea, Campinas
Coletiva Café & Arte, Campinas
- “Prêmio Bussines” Museu de Arte Contemporânea de Campinas
1994 – “In Extremis”- Museu de Arte Contemporânea de Campinas
- “Names Project”, Prefeitura Municipal de Campinas
1993 – “Jovem Arte”- Museu de Arte Contemporânea de Americana
1992 – 17.o Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto
- ”Projeto Out-door”. MAC – Museu de Arte Contemporânea Campinas
1991 – Instalação no Museu da Cidade – Lidgerwood, Campinas
- Instalação no Porto, Vitória, ES
- Instalação no Engenho Central de Piracicaba, SP
- Artistas pela Paz- MAC- Museu de Arte Contemporânea, Campinas
- Imaginário Popular – Museu de Arte de São José do Rio Pardo
O Cristo. MAC- Museu de Arte Contemporânea, Campinas
1990 – 22.o Salão Nacional do Museu de Arte de Belo Horizonte
- 57.o Salão Paranaense de Artes Plásticas, Curitiba
- 7.o Salão de Arte Contemporânea de Limeira
- “Names Project”, Prefeitura Municipal de Campinas
- Galeria Kramer, São Paulo
1989 – 7.o Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo
- 14.o Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto
- 56.o Salão Paranaense de Artes Plásticas, Curitiba
- 6.o Salão Brasileiro Universitário de Artes- São Paulo
- Três anos- Museu de Arte de São José do Rio Pardo
1988 – “Linguagens em Confronto”, MAC- Museu de Arte Contemporânea Campinas
6.o Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo
- 20.o Salão Nacional do Museu de Arte de Belo Horizonte
- 6.o Salão Brasileiro Universitário de Artes, São Paulo
1987 – 20.o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
- “Outrosuportes”- Museu de Arte de São José do Rio Pardo
- Projeto Out-door- MAC- Museu de Arte Contemporânea, Campinas
- 6.o Salão Brasileiro Universitário de Artes, Belo Horizonte
- Centro de Ciências Letras e Artes, Campinas
- “Torre de Babel”. Instituto de Artes- Unicamp, Campinas
1985 – 1.a Mostra de Desenhos, Folha de São Paulo, São Paulo
- Pintura de painel no teatro de arena da Unicamp.
1983 – “O Freqüentador ativo”, Museu Lasar Segall, São Paulo
Composição n.07. mista/papel. 36 x 48 cm. 2011
Cavalo 01. acrilica/tela. 120 x 100cm. set. 2011.
"Mulher Lagosta 01". acrilica/tela. 120 x 100cm. 2011
2 figuras com construções 2. 140 x 110cm. acrlica / tela. 2011.
série Psicopompo: Red. acrilica/tela. 160 x 120 cm. ano: 2002
Série AR15 - HK47.mista/papel. 1990. dim:70x100cm
serie: Psicopompo. 2002-2004. acrilico/tela. 180 x 120 cm
serie: Psicopompo. Ocre_002. data:2002. dim:180 x 120cm.
acervo: Regina Polo Müller.
acervo: Regina Polo Müller.
serie:Psicopompo. Ocre_001. data:2002. dim:180 x 120cm acervo: Heitor Takahashi - familia Takahashi Okada
serie:Psicopompo.Cabeça-cão. acrilico/tela. data: 2003. dim:180 x 120cm
obra: serie Psicopompo. acrilica e carvão/tela. ano: 2004. 110 x 90cm.
acervo: Paulo Fernandes
acervo: Paulo Fernandes
Fridha 01. 160 x 120cm. acrilica/tela. 2011
Cão azul 01. acrilica e carvão/tela. 126 x 94cm. 2011.
Cão cinzamarelo 01. acrilica/tela. 160 x 120 cm. 2011
Cão cor 04. acrilica/tela. 180 x 120cm. 2011
Miosótis. (homenagem a Matisse). acrilica/tela. 180 x120 cm. 2011
2006 -”Dj Psicorock” e exposição. Clube Informal, Campinas
2005 -”Dj Psicorock” e exposição. Clube Informal, Campinas
2004 – “Pintura ao vivo”. Programa Swing com a Syang. TV Gazeta,
São Paulo
2002 -”Bleed the freak”. Mestrado em Artes. Instituto de Artes Cênicas, orientação Renato Cohen, Unicamp
1996 -”Tabita” com Antonio da Matta e Soraia Silva. Biblioteca Central.Unicamp
1993 -”Arte Erótica”. Grupo “+0-0″ com Marco Serra. MACC, Campinas
1991 – “Ação-Urso”Grupo “+0-0″ com Marco Serra.IEL-Unicamp, Campinas
1986 -”Capacíclopes contra a pintura retiniana” com Ricardo Basbaum. Unicamp, Campinas
Prêmios
1996 – Prêmio Estímulo – Secretaria Municipal de Cultura de Campinas. Individual
1995 – 20.o Salão de Arte Contemporânea de Limeira- SP, Prêmio Aquisição
1992 – Prêmio Estímulo – Exposição Individual. Secretaria Municipal de Cultura de Campinas.
1990 -17.o Salão de Arte Contemporânea de Limeira, Menção Honrosa
1989 – 7.o Salão Paulista de Arte Contemporânea, Prêmio Iniciativa Privada
1988 – 4.o Salão de Arte Contemporânea de American, Prêmio Aquisição
obra: Cabeça de Fairuza.2004. acrilica/tela.120 x 100 cm
Casa noturna".acrilica/tela. 140x110 cm.data:2004.
Homenagem a "Donita Sparks" guitarrista da banda " L 7 "data:2006. acrilico / tela. 120 x 100cm. Acervo particular do artista.
obra:"Psicorock" 2007. mista/tela. 120 x 100 cm
"Brody" 2007. acrilica e carvão/tela. 160 x 120cm.
obra: Cabeças. 2006. acrilica/tela. 120 x 100 cm. coleção: Michel Arcari.
obra: Baixista. acrilica/tela. 120 x 100 cm. data:2006.
obra: xilogravura - homenagem a Sonic Youth. Casal. 1998. 44 x 32 cm.
obra: Fairuza Mouse. acrilica/tela. 170 x 110 cm. data:2006
obra: Dog Girl. acrilica/tela. 120 x 100 cm. data: 2006
Nature rock. acrilica sobre tela. 2006. 160 x 110 cm
Acervos
2005 – SESC Campinas- Coleção, Campinas2003 – MACC- Museu de Arte Contemporânea, Campinas
1998 – Banco Itaú Personalité, Banco Francês e Brasileiro, Campinas
1997 – Universidade Estadual de Campinas- Unicamp, Campinas
1996 – SESC Paulista- Galeria de Arte, São Paulo
1995 – Prefeitura Municipal de Limeira, Prêmio Empresa Rockwell Fumagalli
1987 – Museu de Arte Contemporânea de Americana - Museu de Arte de S.J. do Rio Pardo
No sinuoso o acaso.
Álvaro Faleiros.
Acompanhando a trajetória de Fábio de Bittencourt pode-se (sem é claro desconsiderar a especificidade de seu tempo e espaço) reconhecer no conjunto de sua obra um diálogo com a arte expressionista, não só pelas distorções degenerativas feitas a partir de um certo figurativismo late...nte e a constante presença de um eu em conflito, mas principalmente pela angústia auto-referente e a crítica social presentes em seu traço.
Assim como Ensor e Munch, grande parte de sua obra funda-se numa preocupação com o escuro submundo da vida, submundo que na obra de Bittencourt particularizou-se através das temáticas do punk, do sexo e do morcego. Tais temáticas foram basicamente trabalhadas, salvo raras exceções, dentro de uma escala cromática que varia do ocre ao negro.
Em torno de uns poucos tons pastéis Bittencourt logrou dar força expressiva às suas obras. Esta expressividade centrou-se principalmente nas experiências vividas pelo artista, que simbolizou sua individualidade angustiada e em tranformação na figura do morcego e em outras imagens antropomórficas e despedaçadas. As metáforas assim representadas foram consequência de sua busca incessante da especificidade de seu eu dentro do universo plástico; processo que o levou após anos de embate, a deixar a pintura sensitivamente revelar-se sem a necessidade da representação simbólica do indivíduo ou da crítica social. Fato que realiza agora pela primeira vez em sua plenitude nesta sua exposição.
Se na série agora exposta a pintura revelou-se enquanto “pintura”, deve-se em grande medida ao método do desenho de observação, no qual o artista descentra-se de si para concentrar seu olhar no mundo exterior. Influenciado por Baselitz, Shhönembeck e principalmente por Lüpertz, Fábio desvinculou-se gradativamente de uma estética do terror e passou gradativamente à evocação de objetos crus. Não se trata apenas da representação destes objetos, mas da criação de um novo mundo de símbolos a partir da forma, do gesto, da composição e da luz, já sem nenhuma responsabiladade social ou auto-biográfica.
Preocupado com o próprio “pintar”, Bittecourt apropria-se de uma natureza morta (formada por peças que variam de uma solda espiralada a um relógio marcador) e cria novas relações entre os objetos a partir da disposição, aparentemente ocasional dos mesmos. A aparente arbitrariedade na escolha das peças não significa contudo que associações deixem de se concretizar; e que seja justo no momento em que o artista componha, a partir destes objetos, variações -como se fossem solos improvisados conscientes do tema que os conduz- que se construa uma indissolúvel unidade formal; e que esta unidade, por sua vez, seja o motivo individual do artista.
A partir de suas escolhas, Fábio de Bittencourt molda suas próprias normas onde, em detrimento da cor, surgem as nuances dos cinzas, cinzas densos que dão peso à composição. Não se trata de um peso avassalador, mas sinuoso como a fumaça e suas e suas curvas fugidias; efeito conseguido graças ao ondulado das peças.
Quanto à composição, a presença de uma figura humana, desproporcionalmente estreita diante da imensidão que adquiriram os materiais moldados (um kensan, um relógio marcador, um molde dentário, uma faca, uma espiral de estanho,etc...) e os detalhes da natureza (como cristais e espinhos de paineiras) reitera o mágico-circunstancial do diálogo entre os objetos.
O inusitado, o belo da rearticulação proposta pelo artista assume, por seu desejo de observação de um mundo exterior, um caráter gráfico, quase fotográfico, caráter este reiterado pela presença do desenho, do branco e preto e do modo como se dá o enquadramento dos objetos observados.
O trabalho de Fábio de Bittencourt, realizado sobre o gesto, a composição e a luz, nesta sua série de pinturas, coloca o observador diante do fascínio da possibilidade de no mundo atual ainda encantar-se, mesmo que este encantamento só consiga concretizar-se dentro do cosmos específico da arte que, como Nietzche, tem como finalidade ser uma força criadora de mitos.
Álvaro Faleiros
É doutor em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de São Paulo – USP. Professor da Universidade de Brasília (UnB). Poeta e escritor.
Acompanhando a trajetória de Fábio de Bittencourt pode-se (sem é claro desconsiderar a especificidade de seu tempo e espaço) reconhecer no conjunto de sua obra um diálogo com a arte expressionista, não só pelas distorções degenerativas feitas a partir de um certo figurativismo late...nte e a constante presença de um eu em conflito, mas principalmente pela angústia auto-referente e a crítica social presentes em seu traço.
Assim como Ensor e Munch, grande parte de sua obra funda-se numa preocupação com o escuro submundo da vida, submundo que na obra de Bittencourt particularizou-se através das temáticas do punk, do sexo e do morcego. Tais temáticas foram basicamente trabalhadas, salvo raras exceções, dentro de uma escala cromática que varia do ocre ao negro.
Em torno de uns poucos tons pastéis Bittencourt logrou dar força expressiva às suas obras. Esta expressividade centrou-se principalmente nas experiências vividas pelo artista, que simbolizou sua individualidade angustiada e em tranformação na figura do morcego e em outras imagens antropomórficas e despedaçadas. As metáforas assim representadas foram consequência de sua busca incessante da especificidade de seu eu dentro do universo plástico; processo que o levou após anos de embate, a deixar a pintura sensitivamente revelar-se sem a necessidade da representação simbólica do indivíduo ou da crítica social. Fato que realiza agora pela primeira vez em sua plenitude nesta sua exposição.
Se na série agora exposta a pintura revelou-se enquanto “pintura”, deve-se em grande medida ao método do desenho de observação, no qual o artista descentra-se de si para concentrar seu olhar no mundo exterior. Influenciado por Baselitz, Shhönembeck e principalmente por Lüpertz, Fábio desvinculou-se gradativamente de uma estética do terror e passou gradativamente à evocação de objetos crus. Não se trata apenas da representação destes objetos, mas da criação de um novo mundo de símbolos a partir da forma, do gesto, da composição e da luz, já sem nenhuma responsabiladade social ou auto-biográfica.
Preocupado com o próprio “pintar”, Bittecourt apropria-se de uma natureza morta (formada por peças que variam de uma solda espiralada a um relógio marcador) e cria novas relações entre os objetos a partir da disposição, aparentemente ocasional dos mesmos. A aparente arbitrariedade na escolha das peças não significa contudo que associações deixem de se concretizar; e que seja justo no momento em que o artista componha, a partir destes objetos, variações -como se fossem solos improvisados conscientes do tema que os conduz- que se construa uma indissolúvel unidade formal; e que esta unidade, por sua vez, seja o motivo individual do artista.
A partir de suas escolhas, Fábio de Bittencourt molda suas próprias normas onde, em detrimento da cor, surgem as nuances dos cinzas, cinzas densos que dão peso à composição. Não se trata de um peso avassalador, mas sinuoso como a fumaça e suas e suas curvas fugidias; efeito conseguido graças ao ondulado das peças.
Quanto à composição, a presença de uma figura humana, desproporcionalmente estreita diante da imensidão que adquiriram os materiais moldados (um kensan, um relógio marcador, um molde dentário, uma faca, uma espiral de estanho,etc...) e os detalhes da natureza (como cristais e espinhos de paineiras) reitera o mágico-circunstancial do diálogo entre os objetos.
O inusitado, o belo da rearticulação proposta pelo artista assume, por seu desejo de observação de um mundo exterior, um caráter gráfico, quase fotográfico, caráter este reiterado pela presença do desenho, do branco e preto e do modo como se dá o enquadramento dos objetos observados.
O trabalho de Fábio de Bittencourt, realizado sobre o gesto, a composição e a luz, nesta sua série de pinturas, coloca o observador diante do fascínio da possibilidade de no mundo atual ainda encantar-se, mesmo que este encantamento só consiga concretizar-se dentro do cosmos específico da arte que, como Nietzche, tem como finalidade ser uma força criadora de mitos.
Álvaro Faleiros
É doutor em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de São Paulo – USP. Professor da Universidade de Brasília (UnB). Poeta e escritor.
CLIPING - PUBLICAÇÕES
Exposição Afinidades Eletivas no Espaço Cultural CPFL
Revista "Hype Magazine" 2005. matéria de Tatiana Fávaro
Grande painel no SESC-Campinas. matéria Correio Popular por Carlota Cafiero, 2004
Jornal "Gazeta do Cambuí" outubro 2009.
Agradecido. materia sobre a exposição "Deriva" publicada no jornal Correio Popular na abertura, grato a todos que contribuiram para tal. obrigado!
SERIE BISKULLA
Biskula 3. acrilica / tela. 120 x 90 cm. 2011
Biskulla 5. acrilica e carvão/tela. 140 x 100 cm. 2011