Português nascido em Moçambique - radicado no Rio de Janeiro. Fortemente atraído por imagens, desde criança," lia" as pinturas, os desenhos, fotos, tanto de revistas, quadrinhos, como dos mestres da arte. O desenho, a imagem se tornou sua palavra. Passou por experiências com a linguagem do vídeo na Faculdade e acabou trabalhando anos com computação gráfica e animação para televisão. Participa com projetos autorais em alguns festivais de vídeo e animação nacionais (Anima Mundi, Festival de Teresina, Videobrasil, Festival do Minuto) e internacionais ( Festival de Outono de Buenos Aires, Nashville Inter. Film Festival, Festival de Ajijic - México, Hiroshima Animation Festival ).
A alguns anos voltou a utilizar mais o analógicos, trabalhando com pintura e desenho. Com temas de forte cunho social, político e sobre violência, suas obras trazem reminiscência africanas, ecos portugueses e vivências brasileiras, numa busca para ilustrar cenas figurativas curiosas e sentidas do espanto que trás consigo. Com exposições coletivas e individuais tanto no Brasil e na Europa, sua intenção é atrair o olhar para a obra e provocar o pensar.
Alguns dos projetos e exposições mais relevantes que participou foram:
Em 2014 no projeto de arte coletivo chamado 'Fique à vontade' no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). Logo em seguida participa da Coletiva Buziana I, na Galeria N1 em Búzios, Rio de Janeiro.
No ano de 2015 participa da Coletiva 'Creative Moment of Brazilian Contemporary Art' com exposições no Consulado do Brasil em Nova Iorque e em Helsinki, na AVA Galleria. E também da Affordable Art Fair de Estocolmo, Suécia.
Em 2016 participa da Coletiva 'Ressonâncias' na Galeria Monique Paton no Rio de Janeiro e na sequência participa da Affordable Art Fair de Bruxelas, da Coletiva Buziana II na Galeria N, em Búzios, Rio de Janeiro e da Coletiva 'My Way' em Nova Iorque, através da AVA Galleria. Participa ainda de uma Coletiva virtual pela EIXO Contemporânea e abre duas Individuais uma chamada ZOOMANOS na Galeria ICG e outra chamada 'Pinturas do Desamparo' na Aliança Francesa de Niterói.
Em 2017 abre o ano numa Coletiva em Helsinki chamada 'Art without borders' na AVA Galleria. E é selecionado para o 8° Salão dos Artistas sem Galeria – Salão específico para artistas sem representação em São Paulo. O Salão tem duas Exposições simultâneas em São Paulo: na Galeria Sancovsky e na Zipper Galeria. E ainda faz um circuito: Galeria Orlando Lemos em BH, passa para a Potrich Arte Contemporânea em Goiânia e finaliza na Galeria Patricia Costa no Rio de Janeiro.
à espera
acrila sobre cartão 80 x 100 cm 2016
a prisão de uma figura de bacon
acrilica sobre tela 46 x 55 cm 2017
blue
acrilica sobre cartao 43 x 38 cm 2014
briga de galo ou cocklight
acrilica sobre tela 60 x 80 2016
crash test dummies ( detahes)
acrilica sobre tela 60 x 80 cm 2017
crash test dummies
acrilica sobre tela 60 x 80 cm 2017
crossing ou travessia
acrilica sobre tela 60 x 100 cm 2015/2016
a prisão de uma figura de bacon ( detalhe)
acrilica sobre tela 46 x 55 cm 2017
crossing ou travessia ( detalhe)
acrilica sobre tela 60 x 100 cm 2015/2016
giraffescatcher ( detalhe)
o descobrimento do brasil ( detalhe)
se correr o bicho pega ( detalhe)
acrilica sobre tela 60 x 80 cm 2016
ecce homo
acrilica sobre tela 146 x 114 cm 2015
howl
acrilica sobre cartão 80 x 50 cm 2014
lorde doré gorila
acrilico sobre tela 146 x 89 cm 2014
mrs poverty coke
acrilica sobre tela 80 x 53 cm 2016
Mrs. poverty missile
acrilica sobre tela 80 x 53 cm 2016
o descobrimento do Brasil
acrilica sobre tela 80 x110 cm 2017
se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
acrilica sobre tela 60 x 80 cm 2016
thats all folks
acrilica sobre tela 80 x 100 cm 2015/2016
o apanhador de girrafas
acrilica sobre tela 60 x 90 cm 2015
Ao retratar com intensidade, delicadeza e toques de surrealismo temas atuais ásperos, como manifestações, violência e refugiados, o artista plástico Gunga Guerra, natural de Moçambique, mas niteroiense de coração, vem ganhando notoriedade no Brasil e no mundo. Com menos de dois anos de carreira, ele foi um dos dez artistas selecionados, único do estado do Rio, para participar da 8ª edição do Salão dos Artistas sem Galeria. O evento começa no próximo dia 12 e vai até julho, promovendo exposições em renomadas galerias de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro. Além disso, até o próximo dia 22, o artista participa da mostra coletiva com brasileiros e finlandeses “Art without borders” (“Arte sem fronteiras”), na AVA Galleria, em Helsinque, na Finlândia.
. No Brasil, dois de seus quadros foram escolhidos para o Salão dos Artistas sem Galeria: “Briga de galo”, que mostra uma tropa de choque sendo atacada por galos de briga; e “Se correr o bicho pega se ficar o bicho come”. Ambas têm contexto similar; uma referência às manifestações que se espalharam pelo Brasil, a partir de 2013. Serão exibidos cinco quadros do artista em cada galeria.
Gunga Guerra conta que, influenciado pelo pai, também artista, usa sua obra como principal forma de comunicação desde que se entende por gente.
— Desde criança eu sempre gostei muito de desenhar, e uso as figuras para expressar o que eu sinto, faço isso muito melhor do que com as palavras. Em 2013, vi a população querendo mudanças, unindo-se para tentar fazer diferença. Pela TV, também vi aquela multidão de refugiados tentando escapar dos horrores e da miséria de seus países. Esses dois movimentos e as sensações que eles me provocaram ficaram comigo. Teve uma hora em que as ideias para as obras começaram a sair — diz Guerra.
Ele mesmo se considera um refugiado, já que teve que abandonar o país onde nasceu na década de 1970 por causa da guerra da independência, e acabou desembarcando no Brasil por conta de oportunidades e similaridades culturais. Passou uma curta temporada no Rio e, em pouco tempo, ele e a família vieram morar em Niterói. Formou-se em Publicidade e por anos trabalhou como computação gráfica para TV; posteriormente, com programação; e, por último, em direção de arte. Mais recentemente decidiu apostar na pintura com tinta acrílica como hobby; entretanto, deu tão certo que o passatempo logo foi levado a sério. Atualmente, aos 46 anos, Guerra se diz surpreso por obter reconhecimento em pouco tempo, tendo em vista a dificuldade de artistas independentes conseguirem espaço.
Ele mesmo se considera um refugiado, já que teve que abandonar o país onde nasceu na década de 1970 por causa da guerra da independência, e acabou desembarcando no Brasil por conta de oportunidades e similaridades culturais. Passou uma curta temporada no Rio e, em pouco tempo, ele e a família vieram morar em Niterói. Formou-se em Publicidade e por anos trabalhou como computação gráfica para TV; posteriormente, com programação; e, por último, em direção de arte. Mais recentemente decidiu apostar na pintura com tinta acrílica como hobby; entretanto, deu tão certo que o passatempo logo foi levado a sério. Atualmente, aos 46 anos, Guerra se diz surpreso por obter reconhecimento em pouco tempo, tendo em vista a dificuldade de artistas independentes conseguirem espaço.
by jornal Globo
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