Andrea Goldschmidt é
administradora de empresas e depois de 20 anos de carreira coorporativa,
resolveu mudar de vida e unir duas paixões:
viagens e fotografia.
Em 2014 começou
a rodar o Brasil, seguindo o calendário das festas populares. Elas acontecem
em todas as cidades e não há um único mês no ano que não tenha várias opções de
festas para serem visitadas!
Conhecer estes eventos tão diversos,
registrar a incrível riqueza do patrimônio imaterial brasileiro e depois poder
compartilhar parte disso com outras pessoas que se interessem pelo tema é o seu
projeto de vida atual!
Festa: Semana Santa
– Ouro Preto (MG)
Anjo Branco - 30 x 45 cm (2017)
Festa: Corpus
Christi – Santana de Parnaíba (SP)
Quadriculado em
amarelo - 55 x 36 cm (2015)
Festa: Festa do
Divino – São Luiz do Paraitinga (SP)
Congada - 55 x 36 cm (2015)
Festa: Boi Bumbá – São
Luiz (MA)
Brincar de boi
- 110 x 73 cm (2016)
– Pirenópolis (GO)
Flor e Estribo
- 53 x 80 cm (2016) Festa: Cavalhada
Festa: Procissão de
Finados – Juazeiro do Norte (CE)
Ex-votos 2 - 50 x 70 cm (2015)
– Praia
Grande (SP)
Devoção Coletiva
- 90 Festa: Iemanjáx 60 cm (2016)
Festa: Festa da
Batata(Krahôs) – Itacajá (TO)
Noite - 55 x 36 cm (2016)
Festa: Dia da
Padroeira – Aparecida do Norte (SP)
Iluminação - 150 x 100 cm (2014)
Festa: Maracatu
Rural – Nazaré da Mata (PE)
Caboclo de Lança 3
- 50 x 75 cm (2017)
Festa: Boi Bumbá – Parintins
(AM)
Em Cena - 90 x 60 cm (2015)
Festa: Boi Bumbá – Parintins
(AM)
Confusão - 90 x 60 cm (2015)
Festa: Tooro
Nagashi – Mogi das Cruzes (SP)
Lanternas 2 - 55 x 36 cm (2017)
Festa: Carnaval – São
Paulo (SP)
Baianas 1 - 50 x 75 cm (2016)
Águas de Oxalá - Araras (SP)
A narrativa do mito das “Águas de Oxalá” inicia-se com Oxalá decidindo fazer uma visita a Xangô (a divindade dos raios e dos trovões)
Como era de costume na terra dos orixás, Oxalá consultou um Bàbálawo para saber como seria a viagem. Este recomendou que a viagem não se realizasse, mas Oxalá já havia decidido deslocar-se para Òyó, então o babalawo lhe disse: leve três mudas de roupas brancas, pois Exú irá dificultar seus caminhos. Também aconselhou-o a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida!
Com estas precauções o orixá pôs-se a caminhar com seu cajado em direção a Òyó. Caminhando pela mata encontrou Exú tentando levantar um tonel de Dendê as costa e pediu-lhe ajuda, Oxalá prontamente lhe ajudou mas Exú, propositalmente derramou o dendê sobre Oxalá e saiu. Oxalá banhou-se no rio, trocou de roupa e continuou sua jornada. Mas adiante encontrou-se novamente com Exú, que desta vez tentava erguer um saco de carvão a costas e pediu a Oxalá que lhe auxiliasse, novamente Oxalá lhe ajudou e Exú repetiu o feito derramando o carvão sobre Oxalá, banhando-se no rio e trocando de roupa, Oxalá prosseguiu sua jornada a Oyó, próximo já a Oyó, encontrou com Exú novamente tentado erguer um tonel de melado e a estória se repetiu.
Ao aproximar-se de Òyó, avistou o cavalo branco um cavalo fugitivo dos estábulos de Xangô e resolveu devolve-lo ao dono. Antes de chegar a cidade, foi abordado pelos guardas que o mal interpretaram e julgaram-no ladrão do animal. Agrediram-no violentamente deixando seus braços e pernas quebrados. Oxalá foi levado à prisão do palácio e lá esquecido por sete anos.
Durante este tempo, o reino de Xangô é assolado por pestes e infortúnios: entra em decadência, sofrendo a pior seca, que compromete, então, toda a colheita. Epidemias, doenças e mortes se sucederam com freqüência, fazendo com que o povo se revolte com Xangô. Sem outra solução, ele vai procurar um Bàbálawo da região, que faz o jogo e lhe diz: “Um homem que usa roupa branca foi preso injustamente. O que está acontecendo é uma revolta natural pela injustiça cometida. A vida está aprisionada em seus calabouços, como um velho que sofre injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera”.
Com essa resposta, Xangô foi até a prisão e lá encontrou Oxalá todo sujo e mal tratado. Imediatamente o levou ao palácio e lá chamou todos os Orixás onde cada um carregava um pote com água da mina. Um a um os Orixás iam derrubando suas águas em Oxalá para lavá-lo. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio, pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalá. Xangô(Oração) vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei e o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxaláufã e Xangô.
Depois do mal entendido desfeito, a chuva chegou, as culturas de alimentos prosperou e as enfermidades cessaram, enfim, todas as coisas do reino de Xangô voltaram à normalidade. A cerimônia das “Águas de Oxalá” rememora este episódio mítico com uma procissão representando a viagem de Oxalá. Trata-se de um cerimonial complexo que se estende por 17 dias e constitui um marco nas práticas e nos rituais que se sucedem no decorrer do ano litúrgico do candomblé.
Fonte: BENISTE, José. Ás águas de Oxalá: àwon omi Òsàlá e site www.juntosnocandomble.com.br
Fonte: BENISTE, José. Ás águas de Oxalá: àwon omi Òsàlá e site www.juntosnocandomble.com.br
Boi Bumbá - Parintins
O Festival de Parintis é uma festa incrível que acontece todos os anos no meio da Amazonia (na ilha de Parintins - a cerca de 400 km de Manaus). Dois grupos oponentes - Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho) - se apresentam por 3 noites, numa sequencia incrível de músicas, coreografias e cenários distintos.
A festa divide a cidade e a galera! São 21 itens avaliados nas 7,5 horas de apresentação de cada grupo.
As lindas toadas e fantasias encantam os visitantes e os habitantes que têm a oportunidade de assistir às apresentaçoes.
A viagem de barco de Manaus a Parintins (leva cerca de 20 horas na ida e 27 horas na volta rio acima) é uma aventura exótica: 400 pessoas e suas redes dividem o espaço, cantam e dançam as melodias dos bois contrários numa espécie de aquecimento para o festival.