15 de fevereiro de 2012

PEDRO VIRGILIO CUNHA -STREET ART - PORTUGAL

                                                                              

Pedro Virgílio Cunha – Artista Plastico e Produtor Independente
1975
Nasceu em Lisboa a 2 de Junho de 1975.
Formado em Arquitectura, explorou nessa área a plasticidade dos espaços tri-dimensionais, projectando edificios como esculturas habitáveis, enquanto desenvolvia paralelamente o seu percurso não-académico na Pintura.
Naquela que constitui a sua área de eleição na exploração criativa, tem construido um extenso corpo de trabalho marcado por uma atitude fortemente experimental que se extende ainda a outras àreas de intervenção como o Desenho, a Escultura, a Instalação, a Música e a Performance.
Explora a arte como processo de leitura e construção da realidade por processos plásticos,   utilizando uma pluralidade de linguagens e formalizações marcadas transversalmente por uma forte intensidade expressiva.
Como artista independente tem ainda participado em vários projectos colectivos, tendo de 2007/2009 feito parte do Atelier do Beato pertencente ao colectivo ArtinPark, e fundando em 2010 o colectivo artistico Galeria Nómada, no seio do qual tem desenvolvido vários projectos artisticos desde então participando activamente como artista e como um dos responsaveis pela produção dos diferentes projectos independentes nomeadamente no Atelier Colectivo integrado na Flying House Lisboa (Out 2010/Jan 2011) e na Casa Amarela no Porto (Maio/Dez 2011) – projecto experimental de residências artisticas, entre outros projectos de exposição e residencias.
O seu trabalho encontra-se representado em várias colecções particulares e tem exposto regularmente  em Portugal e no estrangeiro:




O Pirata- 1.90x1.30- técnica mista sobre Linóleo.


Multidão- 1.80x 1.70- técnica mista sobre tela.


Pormenor pintura mural Nova York.



A Dança - Acrílico e pastel óleo sobre tela, 300 cm x1.50 cm.


A caminhada - 130cm x 100 cm, técnica mista.


In space - 120cm x 100 cm acrílico sobre cartão.


Desembarque na terra promessa - 200 cm x 150 cm, técnica mista sobre tela.


O naufrágio - 200 cm x 150 cm, técnica mista sobre tela.


Gravidanza i - Acrílico sobre tela, 140cm x 110 cm.


A pot with sayling flowers - esmalte e acrílico sobre tela, 120cm x 60cm.


O homem arvore - acrílico e feltro sobre madeira, 120 cm x 80 cm.



Exposições |Residências Artisticas

2016-Exposição de Pintura, Titulo “ FIW”- Alice Biffarella/ Pedro Virgílio. Centro Cultural Braço de Prata.

2015- Retomar o conceito da origem da função do espaço de Galeria, Exposição na Casa dos Artistas Pedro Virgílio e Alice Biffarella.

2014-Jun-Exposição pintura e performance de pintura na Lx Factory, Lisboa

2013-
Ago- “Dialogos”, exposição colectiva, Galeria Bozart, Lisboa.
Mar / abr- Produção e participação- exposição colectiva de pintura mural, 20 artistas Mob Lisboa
Jan. Fev. – Exposição de pintura de titulo “pó”- espaço Mimosa da Lapa, Lisboa.

2012-
Dez-” clássicos do cinema” exposição colectiva, Galeria Microarte, cinema Londres.
Set- Residência e exposição na Alemanha em Hamburgo no Centro Cultural Geange Viertel. Serigrafia instalação, performance.
Jul / Ago- Exposição na Republica Checa, Ostrava, Industrial Galery- de titulo “Fabrika”. Projeto In Loco #02, Pintura, Escultura, Instalação, Performance, Video e Fotografia.
Jun- Residência e exposição colectivas, Galeria Microarte, Ericeira, titulo da exposição “etereografo”, Pintura, Escultura, Performance, Video e Fotografia.

Durante 0 decorrer dos anos de 2012 e parte de 2013- Residencia Pintura e Permacultura, Green Studio, Évora Monte.
Mai- Exposição colectiva de objectos de autor, Galeria corrente D´arte. Apresentação de um grupo de Pinturas.
Mar / Abr- Residência e exposição em Nova York, Galery 89, Manathan, Projeto In Loco #01, “ From Caos”, Pintura, Pintura Mural, Instalação e Desenho.

2011-
Nov- Exposição na Alemanha, BBK Stapelhaus, em Colónia. “Drumo” Pintura, Instalação e Fotografia, Colaboração com a artista Alemã Hildegard Weber.


Durante o decorrer do ano de 2011 durante o período de 9 meses,

Co- Fundador de um projecto na cidade do Porto, de Residências e Ateliers abertos ao publico, produção de eventos e concertos. De seu nome “ Casa Amarela”.

Abr- Sala Do Veado, Lisboa, Performance de Pintura e Video.
Mar-Exposição colectiva de diários gráficos e edições de autor, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, “ Os Livros dos outros”

Fev- Exposição Colectiva de Pintura e Fotografia, Lisboa Mit Galery, associada ao colectivo Galeria Nómada.



A ultima luta - Acrílico sobre tela, 100 cm x 80 cm.


Filtro iconográfico - 100cm x 80 cm, acrílico sobre tela


A ultima viagem - colagem e acrílico sobre madeira, 130 cm x 80 cm.


Tempestade cósmica - acrílico sobre aglomerado 60 cm x 40 cm.


Entrada no Paraíso - 90cm x 70 cm, técnica mista sobre tela.


A praia do Vortex - 100 cm x 100 cm técnica mista sobre madeira.


2010-
Set- Projecto, arte mural, Nova York, Local Project Galery , titulo.- “there is no beutifull, no ugly only existence”- Project on the wall.
Durante este ano, fundado associado com outros artistas o Colectivo “Galeria Nómada”

Jul- Exposição Individual de Pintura, Performance, na Lx Factory Lisboa, apresentação de aproximadamente 230 obras de pintura., Titulo “ Exposição Colectiva Pedro Cunha”.

Mai- Exposição Colectiva de pintura e instalação, Flying House Lisboa, Título, “ Estado O”- projecto associado ao colectivo Galeria Nomada.

Mar- Exposição individual de pintura, desenho e performance de pintura.- Galeria Bozart, Lisboa, titulo- “ Estórias de Guerra”

Jan- Exposição Colectiva no Palácio Guilharte em Lisboa, performance pintura, instação e pintura mural.

2009- Exposição individual de pintura, Rentagallery, Lisboa,titulo “ from Caos”.

2007-Exposição individual de pintura, Galeria Vértice, Lisboa, titulo “Hareliberatche”.

2004-Exposição de arquitectura, Galeria Quadrum, Lisboa, titulo “Ubiquidade”.

2003- Exposição colectiva de pintura Centro Cultural Malaposta, Lisboa, apresentação de aprox. 40 obras do meu acervo.


Liberdade - Colagem de pintura sobre madeira, 83 cm x 57 cm.


Retrato de uma sereia - Colagem sobre madeira, 80 cm x 60 cm.


Magico - 150 cm x 150 cm, técnica


Na beira - 200 cm x 200 cm, técnica mista sobre tela.


Amur - 150 cm x 100 cm, acrílico sobre tela.


Sono - 140 cm x 120 cm, esmalte sobe linóleo


As asas de um anjo - 120cm x 120 cm técnica mista sobre tecido.


Sanctum - acrílico sobre madeira.


A fuga de Babilonia – 200 cm x 200 cm, acrílico sobre tela.


Felicidade - 100 cm x 90 cm, acrílico e esmalte sobre contraplacado.


O Milagre - 140 cm x 120 cm, acrílico sobre madeira.
Pace per tutto;
E se como noutros momentos da historia
se desse um milagre, a agua , a saudade o útil no espirito, e toda a boa onda em luz no éter, tinham coragem,


2001- exposição individual de Pintura e performance, espaço de Galeria a Brasileira em Lisboa.

2000- exposição individual de pitura, Galeria Vértice, Lisboa, titulo da exp. “ Decomposição “ ( referente a decomposição de uma imagem, do realismo á antropomorfia). Entre 1989 e 1995 exposições em bares no Bairro Alto em Lisboa, Casa de Loucos, Republica do Álcool.

Arquitectura, formação académica e outras acções

2008-
Projecto de arquitectura e respectiva execução de uma loja de Flores no Largo de Santos.

2006-
Colaboração em Oficinas de Cenografia no Centro Cultural de Belém com a Coreografa e Bailarina Madalena Vitorino. Trabalho com crianças dos 5 aos 12 anos de idade.

2003-
Frequência do Curso de Belas Artes da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

2001- Segundo lugar no concurso de Arquitectura jovens criadores.

2000- Aprovado como membro da Ordem dos Arquitectos.

1999- Estagio de pós-graduação em Barcelona no Atelier do arquitecto Enric Miralles.
- Licenciatura em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.

1992- Graduado em Artes Orientais, Karaté, 1 Dan .


A dança do Caos - 90 cm x 80 cm acrílico sobre cartão prensado..


Sobre um lago - acrílico e esmalte sobre tela.


O espelho e a Sombra - 120 cm x 100 cm, Acrílico e feltro sobre tela.


se está vivo o planeta agradece, arvores a brotar do ch

Sem titulo, 100x100, Acrilico sobre tela



Sem titulo, 100x100 Acrilico sobre tela



quem nunca se arrependeu, 50x30 Técnica mista sobre cartão




Plasma centrico, 1.50x1.00 Tecnica mista sobre tela



Plano virtual, 150x100 Acrilico sobre tela



O tunel, 50x 30 Técnica mista sobre cartão



O roubo, 60x60 Acrilico sobre tela



O roubo, 100x100 Acrilico sobre tela



O fim, já na cidade, 110x90 Acrilico sobre tela



O cão pastor, 100x100 Acrilico sobre tela



O beijo, 50x30 técnica mista sobre cartão



Guyela, 120x 100 Acrilico sobre tela



Inferno, 150x100 Acrilico sobre tela



Descanço, 90x70 Acrilico sobre tela



A marcha, 150x90 Acrilico sobre tela




A Oval casa encantada, 100x100 Acrilico sobre tela




A festa morta



A asa, 40x30 Oleo sobre tela



Exposição de Pintura
de Pedro Cunha
no Três 15 Dias em Setúbal




ChegadaDoTransporte
100x80cm   2008



oFimDaLinha
100x120cm   2008



Porta
63x134cm   2008



PerspectivaCelularDoPonto
100x80cm    2008



Lua da Meia Noite
120x60cm    2008



o rei dos bandidos
acrílico e óleo sobre tela
110x90cm   2008



o convite
acrílico e óleo sobre tela
105x90cm   2008



o conselho     acrílico e óleo sobre tela
113x90cm  2008




Segundo Feitiço, 0.30x0.20 Acrilico sobre MDF



Primeiro feitiço, 60x40 Acrilico sobre tela



O beijo, 0.50x0.30 Acrilico sobre MDF



Instinto animal, 0.60x0.60 Acrilico sobre tela



Holograma, 0.70x0.50 Tecnica mista sobre tela



Terceiro feitiço, 50x40 Técnica mista sobre MDF



Segundo feitiço, 40x 30 Acrilico sobre MDF



Passeio, 50x40 Técnica mista sobre MDF



O choro da morte, 50x40 Técnica mista sobre MDF




Cerboro visto de cima,50x40, Tecnica mista sobre MDF




14 de fevereiro de 2012

GRAFFITI-GRAFITE





A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.

O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Toy:é o grafiteiro iniciante.
Spot:lugar onde é praticada a arte do grafitismo.


Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.
Grafiteiro/writter:
o artista que pinta.
• Bite:
imitar o estilo de outro grafiteiro.
Crew:
é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.
Tag:
é a assinatura de grafiteiro.

POR ELIENE PERCÍLIA









Graffiti uma arte bem urbana
Desde os tempos do homem das cavernas, até os nossos dias, o fenômeno da representação pelo desenho vem ocorrendo. Ao desenhar em suas paredes, o homem das cavernas procurava abstrair o animal desejado por ele, sem possuir noção do que fosse arte. Ele apenas representava o animal desejado por crença em conseguir caça-lo para sua sobrevivência. No entanto, ao manifestar-se, ele já demonstrava vontade de se expressar.
A tinta spray surge nos EUA junto com o "boom" da indústria automobilística nos anos 50. Ela foi desenvolvida neste período para ser empregada em pequenos reparos domésticos como: geladeiras, fogões, etc, e até mesmo nos reparos de latarias de automóveis que tivessem suas pinturas danificadas. Com o surgimento do movimento Hippie nos anos 60 nos EUA contra o "establishment", países do terceiro mundo, não só passaram a se utilizar da lata de tinta spray para reparos domésticos, mas também para expressar palavras de ordem em oposição à situação política vigente em seus países, nas suas manifestações de rua.
No Brasil não foi diferente. Após o período do uso do piche pelas agências de propaganda, principalmente nos anos 40/50 com as Casas Pernambucanas anunciando sua linha de produtos nos muros e suportes públicos dos mais diversos, o spray também chega ao Brasil e passa a ser empregado nos anos 60 como mais um material utilizado para propagação de palavras de ordem nas principais cidades do país, anunciando o possível golpe de Estado que estaria por nos colocar em processo de estagnação política e das liberdades democráticas. Foi então, durante este período de transição histórico-político pelo qual passamos, que um artista etíope naturalizado brasileiro e de nome Alex Vallauri começa no cais do porto de Santos, cidade onde viveu com a família por alguns anos, a criar seus primeiros personagens. Tratava-se de suas primeiras imagens iconográficas que retratavam os atores sociais do cais do porto: marinheiros, prostitutas, estivadores, etc.
Neste mesmo período nos EUA, surgiam as grandes expressões da pop arte, que já começavam a usar o spray como material-suporte para suas obras "semiótica-contemporâneas" ( leia-se artistas de peso como Andy Warhol, Roy Lieinchestein, etc). Pesquisador da variedade de imagens que os simples carimbos de almofada ofereciam, além dos processos de repetição de imagens proporcionadas pela arte do clichê, Alex começa a desenvolver a partir das técnicas da gravura, suportes que os profissionais da área chamam de recortes ou matrizes. Estudioso dedicado, Alex passa então a realizar uma fascinante viagem pelo mundo dos papéis de embrulho dos mais diversos, que com suas marcas e desenhos de criação características e comumente utilizados por açougues, padarias, farmácias, formavam um vastíssimo e rico arquivo imagético para seus propósitos artísticos.
Deste período de gestação criativa até sua viagem para Nova York onde manteve contato com o que de melhor vinha acontecendo lá, Alex deixa no Brasil a primeira semente de sua arte, que anos depois viria a germinar. De volta ao país já nos anos 80, Alex começa aqui o processo de difusão da arte do graffiti, contemplando-nos com o aparecimento da imagem de uma pequena mas muito curiosa botinha da couro preta ( quem não se lembra?). Neste período, já conhecíamos semelhante fenômeno que não só de uso político em muros, mas em muitas pedras existentes ao longo das rodovias do Brasil. Tratava-se da mensagem de um novo tipo de raça de cão que vinha sendo reproduzida aqui: o "CÃO FILA".
Curiosamente, surge um jovem adolescente de classe média ( hoje artista plástico formado por universidade) que passa a "pichar" seu próprio nome em todas as cidades do Brasil. Seu nome: JUNECA. Das muitas relações criativas com diversos artistas de peso como: Carlos Matuck e irmãos, Hudinilson Jr. dentre outros, Alex Vallauri continuava produzindo. Da amizade de muitos anos, Alex retoma projetos artísticos com o até então, polêmico e versátil escritor, artista plástico e multiperformer Maurício Villaça.
A partir deste encontro, muitos projetos começam a surgir, e Alex decide participar da Bienal de São Paulo trazendo a público por completo, com bota e tudo mais, a sua "Rainha do Frango Assado". Maurício Villaça começa a dominar as técnicas do grafite e junto com Alex acaba por difundir as muitas possibilidades plásticas que o graffiti poderia proporcionar. Mais nomes de expressão na arte do graffiti estão presentes: John Howard, Grupo Tupynãodá, Ozéas Duarte, Eduardo Castro, dentre outros. A "Rainha do Frango Assado" ganha corpo e na figura da bailarina Mara Borba vai para o teatro e faz sucesso. Nesta mesma época, na voz de Caetano Veloso, o graffiti ganha pulso musical e serve como inspiração para o compositor. Muitos adeptos do graffiti começam a surgir.
Fascinados pelas múltiplas possibilidades plásticas que a arte do graffiti oferecia, muitos jovens artistas sofrem influências e acabam formando o que se chamou da "geração de grafiteiros dos anos 90". Junto com a "boom" do graffiti, surge uma geração de jovens da periferia da cidade que com uma latinha de spray na mão, passa a se expressar, pichando os monumentos e obras arquitetônicas da cidade. Preocupados com esta avassaladora onda de pichação, mortes e perseguições que estes "pichadores" passam a enfrentar, Maurício Villaça, Ozéas Duarte, Eduardo Castro, Hudinilson Jr, e muitos dos artistas da geração 90 passam a oferecer oficinas de graffiti para estes jovens. A iniciativa traz resultados. Muitos deixam de lado a pichação e passam a fazer parte do universo da arte do graffiti, surpreendendo com sua criatividade e técnica.
Todos os anos comemora-se dia 27 de Março o "Dia Nacional do Graffiti no Brasil" por decreto lei sancionado pelo Presidente da República, data da morte do artista Alex Vallauri. Maurício Villaça veio a falecer no ano de 1993. Os dois artistas, irmão e querido amigo, bem como outros que continuam, deixaram deste período muitas lembranças e fortes influências, diria, revolucionárias na história das Artes Plásticas no Brasil.
Marcos Villaça





Danilo Zéh Palito
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O “Street Art” globaliza todas as incursões artísticas realizadas na paisagem urbana e é um derivado direto do “Graffiti”, que no final dos anos 70 era feito nos vagões de trem em Harlem (Nova York).
Apesar de terem histórias distintas e um diferente foco. A filosofia e razão de ser tanto do “Graffiti” quanto do “Street Art” têm evoluído como em todas as artes e movimentos artísticos, à medida qu...e a sociedade vai sofrendo mudanças sócio-políticas e culturais.
Ambos produzem um importante impacto sociocultural que permitem uma comunicação mais ampla e universal, pois as pessoas que antes nunca haviam pisado em um museu, durante o seu cotidiano, muitas vezes são absorvidas por está macro- exposição artística.
A obra é criada em função do suporte, das circunstancias ou das possibilidades que a paisagem urbana de cada cidade oferece. O “Graffiti“ e “Street Art“ no Brasil podem ser vistos, absorvidos e feitos de maneira totalmente diferente de um estado para outro ou até mesmo de uma cidade para outra.
Sendo assim foi criada a “1* Mostra- Graffiti e Street Art” com o intuito de valorizar, fortalecer e divulgar a produção artística de Escritores de Graffiti e Artistas da cidade de Limeira –SP.










Expressão plástica, desenhos, tags, mensagens, feitas com spray, rolinho, pincel; stencil e idéias, em muros, sob viadutos, no chão. Os grafites amenizam a crueza do asfalto, embelezam o cinza; e os grafiteiros acredito, vêem a cidade como uma imensa tela a ser pintada.
Refletindo a realidade das ruas, o grafite possibilitou uma nova percepção da arte. Com ele a arte conheceu as ruas, interagiu com espaço público e a dinâmica da vida urbana. Ela não estava mais restrita ao privado, as galerias e museus.
O grafite dos dias atuais nasceu nas ruas e como protesto no final dos anos 60, chegou às galerias na década de 80 e tornou-se um patrimônio valioso no novo milênio. A alegria da paisagem urbana.
PHOTOGRAPHFOTOLOG.WORDPRESS.COM









Heredero del graffiti y del arte de acción, anárquico, poético y combativo, el arte urbano se expresa en las calles, adoptando un sinfín de formas y filosofías.Metrópolis dedica dos programas al Arte Urbano.
En el primero, Javier Abarca, profesor de Arte Urbano en la Universidad Complutense y responsable de la plataforma teórica Urbanario.es nos aclara algunos conceptos básicos para entender esta práctica, mientras exploramos la obra de: Suso33, SpY, Alexander Vasmouslakis & Paris Koutsikos, Sepeusz & Chazme, Reskate, El Niño de las Pinturas, Popay, Mr.Trazo, dosjotas, Escif, MOMO, Spok, Eltono, NEKO o Rosh.
En el segundo capítulo, Guillermo de la Madrid, experto en la materia, y autor del influyente blog: escritoenlapared.com recorre con nosotros algunas de las intervenciones artísticas del barrio madrileño de Lavapiés, mientras vemos trabajos de: Escif, Rosh, Nuria Mora, NEKO, Parsec!, Eltono, Dier, Chylo, Noaz, Ring, Boa Mistura, Alberto de Pedro, entre otros.
A diferencia del graffiti clásico, que adopta códigos especializados, difíciles de interpretar por el espectador; el arte urbano conecta con el público usando como armas la adecuación estética al entorno cotidiano y la ironía.
Empezaremos la emisión con algunos de los proyectos de contexto específico de SpY, mientras Javier Abarca nos explica las diferentes formas de entender el arte urbano y las diferencias con el graffiti.
A continuación, dedicamos un bloque al artista madrileño SUSO33, que ha expandido su práctica con el spray hacia el arte de acción. Suso nos explica cómo ha evolucionado su polifacética obra, y veremos fragmentos de algunas de sus películas más emblemáticas: "Pintura orgánica de acción"y "Crash"
En septiembre asistimos en Zaragoza a la última edición del Festival Internacional de Arte Urbano: ASALTO.
Sus organizadores nos explican cómo se organiza un evento de estas características, que implica la interacción de los artistas en las calles de la ciudad, y podremos ver in situ cómo evolucionan las obras de Sepeusz & Chazme (Polonia), Alexander Vasmouslakis & Paris Koutsikos (Grecia), Reskate, El Niño de las Pinturas, Popay, Mr Trazo, Spok yRosh,
El colectivo Reskate recupera tablas de skate que luego son intervenidas por diseñadores e ilustradores de distintos países.
El genial artista granadino El Niño de las Pinturas, que en Zaragoza dialogó en el muro con el francés Popay, nos cuenta las contradicciones de las políticas culturales institucionales que llegan a premiar y a multar a un mismo tiempo a un artista.
El francés Popay, considerado por la crítica "el graffitero impresionista”, reflexiona sobre el carácter nómada del artista urbano, recorriendo ciudades allí donde le encargan proyectos y compara esta cualidad con la de los pintores de la Prehistoria que fueron "los primeros grafiteros".
Spok, que desarrolla una doble función, como grafitero y como artista urbano, y trabaja tanto el graffiti de calle, como el diseño gráfico profesional, valora las diferencias de estas distintas prácticas y el modo en que se pueden simultanear.
Además de a MOMO, y a Eltono, entre los artistas que Javier Abarca nos recomienda, destaca la personalísima obra del valenciano Escif, que aúna crítica y poesía.
También veremos el despliegue en los muros de Zaragoza de Rosh333, y sus otros proyectos de intervención, en vídeos tan poéticos como: "Inside Colors"y "BlackHearts"(En colaboración con NEKO)
En distintos momentos del programa abordamos las contradicciones que plantean instituciones y ayuntamientos promoviendo y multando a un mismo tiempo estas creaciones, y la necesidad de llegar a acuerdos que permitan disfrutar al espectador de estos modos de expresión que enriquecen el tejido cultural de las ciudades.
Curiosamente, el "borrado"de obras de arte urbano por medio de cuadrados grises, promovido por los departamentos de limpieza, ha generado la revalorización de formas geométricas, por parte de los expertos, y cierta ironización sobre el tema. En esta línea veremos el magnífico vídeo de dosjotas: "Limpias".
De este mismo autor, mostramos un fragmento de la acción que dosjotas realizó para metrópolis en las calles de Madrid.
Y como broche de oro, tras entrevistar en Zaragoza a Mr.Trazo y contarnos cómo pasó del graffiti tradicional a un imaginario más complejo, tras su paso por Bellas Artes, descubrimos en exclusiva el muro que Mr Trazo ha pintado especialmente para el programa en Cuenca, a modo de alegoría de lo que Metrópolis representa para la creación contemporánea.
Frente a los museos tradicionales, el arte urbano, sin galeristas ni comisarios, nos interpela directamente en nuestros barrios, usando como armas el impacto, la ironía y la reflexión.






O graffiti (num sentido lato) vive hoje um paradoxo, mas este não é novidade, é apenas uma repetição. A diferença está no seu crescimento e na passagem de subcultura para movimento artístico e na consequente massificação e globalização dos meios de comunicação aliados à génese aglutinadora do mercado.
Foi nos anos oitenta que a ‘primeira vaga’ de artistas de rua entrou para espaços de arte contemporânea. Nomes como Keith Haring ou Basquiat são hoje referências incontornáveis da História da Arte, mas são artistas que anteriormente ao seu sucesso começaram por dar nome ao que hoje chamamos de graffiti, na sua vertente ilegal. Hoje o graffiti é um adjectivo muito mais amplo e as questões que esta passagem (rua-galeria) levanta são praticamente as mesmas, a diferença está no contexto histórico e na maturidade deste movimento. Em três décadas globalizou-se, evoluiu e cresceu nas mais variadas expressões e continua a criar, mais do que nunca, inúmeras referências na nossa cultura visual e artística. Não será portanto esta passagem (ou evolução) natural?
Na sua forma de expressão mais contemporânea, o graffiti, nasce nos pólos urbanos de maior densidade e caracteriza-se por ser um manifesto amplificado da liberdade de expressão, como um grito de cidadania que reflecte a vontade de afirmação, fruto de uma sociedade que ironicamente exalta o individualismo, mas reprime e abafa o indivíduo, remetendo-o ao anonimato. É a consequência irreverente e o resultado transgressor dessa mesma sociedade onde tudo é marcado, catalogado, distinguido pela identidade, pela imagem e pela persistência com que esta invade a nossa realidade. É, na sua génese, contestação, independentemente da forma que assume. Mas é assim porque transgride e apropria para si o espaço público, quando ao mesmo tempo democratiza as ideias e a arte, tornando-a acessível e abrangente.
Os novos meios de comunicação tornaram esta expressão ainda mais alcançável e democrática, mas num sistema de mercado aglutinador é impossível que produtos sociais consequentes dessa mesma estrutura não se tornem comercializáveis. A influência deste está presente em toda uma cultura, num novo mercado, agora super-massificado. Ao mesmo tempo é interessante reflectir que é no momento em que se transforma num produto de massas e se auto-afirma como uma corrente e consequentemente entra no espaço expositivo que o graffiti é considerado, finalmente, arte. Mas se é uma expressão tão vincada na contemporaneidade e a sua influência cultural é tão marcante, não deveria já ter sido considerado arte? Claro que sim, desde a sua primeira expressão, mas as estruturas activam-se com a sua institucionalização. Perderá a sua validade com esta mudança? Não será legítimo, não só porque vivemos num sistema de mercado, mas também porque a conquista está na génese do graffiti, que esse trabalho alcance novas plataformas? E se é esse mercado que, por simples essência, o graffiti procura contestar, como poderá ele sobreviver ou crescer de outro modo?
No fundo, o que estas questões resumem é a dúvida se um movimento de rua de carácter ilegal mantém a sua essência ao institucionalizar-se. Mas será que, logo à partida, ao auto-intitular-se de arte não se está a institucionalizar? Porque se colocarmos a questão ao contrário deparamo-nos com outra questão pertinente: ao institucionalizar-se, todo o graffiti que está na rua não deverá ser considerado arte e preservado nesse sentido como sendo arte pública?