Residente na Maia, Mário Oker é um writer português que iniciou o seu percurso no mundo do graffiti desde cedo, pertencendo actualmente à crew Bymalodja e, ainda, aos Cabidela Ninja. Faz também trabalhos de ilustração, design gráfico e personalização.
Mais uma vez, deixamos um enorme agradecimento a Mário "Oker" pelo ceder desta entrevista ao Sobredotado, sobre quem ele realmente é.
Sobredotado: Quem é o Oker?
Oker: Oker é uma personagem Maiata conhecida por fazer criações esquisitas com uma mistura de traços e pormenores fora do normal. Normalmente as personagens são cheias de "doença", ou seja, sofrem de vários tipos de virus desconhecidos.
Sobredotado: Porquê Oker?
Oker: Ao longo da minha caminhada no graff fui tendo sempre imensas tags, era muito indeciso e mudava quase de semana em semana. Passado uns tempos fartei-me de estar constantemente a mudar e queria manter uma tag que não tivesse significado e que fosse para sempre, então juntei as letras que mais gostava e surgiu o nome Oker.
Sobredotado: O que é para ti arte e graffiti? São conceitos que andam juntos?
Oker: Sem dúvida que são conceitos que permanecem juntos, graffiti é o "novo" movimento artístico, passou a ser sem dúvida um tipo de arte e ao mesmo tempo uma nova técnica.
Sobredotado: Tens algum tipo de formação que te permitiu explorar a arte que elaboras?
Oker: A minha formação foi sempre a pesquisa e o interesse por esta arte. Claro que com o meu crescimento e o facto de o graff me acompanhar, fez com que gostasse de várias artes visuais, comecei a ter interesse pela ilustração e design gráfico, logo, fui estudar para a ESAD (escola superior de artes e design), onde podia muitas vezes misturar a arte de rua com o próprio design.
Sobredotado: Como te introduziste na área do graffiti?
Oker: Ora bem, tive o primeiro contacto com o mundo da arte urbana por volta de 1999/2000. Nesta altura, os amigos que estavam naquele meio eram muito poucos, desta forma o quarto era o mundo solitário onde surgia a inspiração e onde o desenho era uma necessidade compulsiva, desenvolvendo uma mistura de desenhos esquisitos com noções do que por vezes via na rua.
Passado algum tempo e devido á insistência de querer saber mais, fui conhecendo algumas pessoas que se interessavam por esta cultura, partilhando ideias, técnicas e gostos, dando o passo para o inicio de uma evolução.
O desenho sempre foi mais intenso do que pintar na rua, mas em 2004 foi o pico da evolução, porque ao pertencer a uma crew, que neste caso foi crew CMK (crime mada kings) fez com que desperta-se e ganha-se mais feeling para pintar na rua.
Sobredotado: O teu trabalho na área do grafitti é reconhecido como sendo um estilo bastante próprio. Como surgiu essa singularidade?
Oker: Tudo surge com a evolução das coisas, quanto mais observo mais absorvo e então o meu estilo começou a mudar constantemente e desenvolver-se para aquilo que faço hoje. Mas sinto que mesmo agora, sofro evolução nas minhas produções, visto que de um ano para o outro surgem novas formas, novas misturas de cor, novos pormenores, novas linhas, etc.
Penso que irei estar sempre a mudar, gosto de experimentar novas técnicas (marcador ou pincel), e tudo isso leva a novos estilos.
Sobredotado: Algo que ficou por perguntar ao Mr. Dheo na altura da sua entrevista foi como surgiu a crew Bymalodja. Fala-nos um pouco disso.
Oker: Tudo surgiu recentemente, começamos a pintar mais vezes juntos por volta de 2008 e nas pinturas que fazíamos achávamos que os 2 estilos bem diferentes, eram ao mesmo tempo 2 estilos que combinavam muito bem. Um dia mais tarde Mr.Dheo sugeriu em fazermos uma crew, eu concordei com todo o prazer e nasceu os Bymalodja.
Agora temos mais um membro, o Dexa, em que misturamos 3 estilos nas nossas produções, realismo, ilustração e lettring.
Bymalodja é quase um conceito de "vai me á loja" (velha expressão usada no Porto), onde se encontra uma variedade de produtos, neste caso os produtos são os estilos de cada um.
Sobredotado: Existe algum tipo de preparação caseira antes de partir para a acção?
Oker: Normalmente o que faço é preparar o material todo, levo quase a casa ás costas, mas claro que tento levar algo mais ou menos pensado, não quer dizer que leve projecto, até porque muitas das vezes tudo nasce de improvisação.
Sobredotado: Alguma opinião sobre o ponto de situação da streetart em Portugal? Partilha-a connosco.
Oker: O streetart em Portugal está a crescer imenso, penso que hoje em dia as pessoas têm acesso imediato ás coisas, ou seja, o crescimento é muito mais instantâneo. Com isto tudo, estão a surgir imensos artistas, o que é positivo. Adoro ver as ruas preenchidas de coisas diferentes, as paredes andam a ganhar uma vida brutal.
Sobredotado: A tua identidade é algum segredo?
Oker: Não, não tenho nenhum super poder secreto.
Sobredotado: Qual o conselho que darias aos novos writers que estão agora a começar?
Oker: Muita pesquisa, muito desenho e originalidade. Inspirem-se nas coisas do dia a dia, como texturas, cores, ruídos, atitudes, sensações,etc. Tudo isso pode ser transmitido na parede através das formas, espessura de traços e preenchimentos.
Residente na Maia, Mário Oker é um writer português que iniciou o seu percurso no mundo do graffiti desde cedo, pertencendo actualmente à crew Bymalodja e, ainda, aos Cabidela Ninja. Faz também trabalhos de ilustração, design gráfico e personalização.
é o nosso terceiro entrevistando que o Sobredotado tem o prazer de vos apresentar. Depois de Mr. Dheo e Pariz, Oker é mais um writer vindo do mundo do graffiti português a entrar nesta colectânea que vimos a fazer crescer aos poucos.
Completando este artigo com uma pequena introdução, só tenho a dizer que Oker vem do Porto, tem 24 anos e é hoje em dia membro, em conjunto com Mr. Dheo e Dexa, da crew Bymalodja
Mais uma vez, deixamos um enorme agradecimento a Mário "Oker" pelo ceder desta entrevista ao Sobredotado, sobre quem ele realmente é.
Sobredotado: Quem é o Oker?
Oker: Oker é uma personagem Maiata conhecida por fazer criações esquisitas com uma mistura de traços e pormenores fora do normal. Normalmente as personagens são cheias de "doença", ou seja, sofrem de vários tipos de virus desconhecidos.
Sobredotado: Porquê Oker?
Oker: Ao longo da minha caminhada no graff fui tendo sempre imensas tags, era muito indeciso e mudava quase de semana em semana. Passado uns tempos fartei-me de estar constantemente a mudar e queria manter uma tag que não tivesse significado e que fosse para sempre, então juntei as letras que mais gostava e surgiu o nome Oker.
Sobredotado: O que é para ti arte e graffiti? São conceitos que andam juntos?
Oker: Sem dúvida que são conceitos que permanecem juntos, graffiti é o "novo" movimento artístico, passou a ser sem dúvida um tipo de arte e ao mesmo tempo uma nova técnica.
Sobredotado: Tens algum tipo de formação que te permitiu explorar a arte que elaboras?
Oker: A minha formação foi sempre a pesquisa e o interesse por esta arte. Claro que com o meu crescimento e o facto de o graff me acompanhar, fez com que gostasse de várias artes visuais, comecei a ter interesse pela ilustração e design gráfico, logo, fui estudar para a ESAD (escola superior de artes e design), onde podia muitas vezes misturar a arte de rua com o próprio design.
Sobredotado: Como te introduziste na área do graffiti?
Oker: Ora bem, tive o primeiro contacto com o mundo da arte urbana por volta de 1999/2000. Nesta altura, os amigos que estavam naquele meio eram muito poucos, desta forma o quarto era o mundo solitário onde surgia a inspiração e onde o desenho era uma necessidade compulsiva, desenvolvendo uma mistura de desenhos esquisitos com noções do que por vezes via na rua.
Passado algum tempo e devido á insistência de querer saber mais, fui conhecendo algumas pessoas que se interessavam por esta cultura, partilhando ideias, técnicas e gostos, dando o passo para o inicio de uma evolução.
O desenho sempre foi mais intenso do que pintar na rua, mas em 2004 foi o pico da evolução, porque ao pertencer a uma crew, que neste caso foi crew CMK (crime mada kings) fez com que desperta-se e ganha-se mais feeling para pintar na rua.
Sobredotado: O teu trabalho na área do grafitti é reconhecido como sendo um estilo bastante próprio. Como surgiu essa singularidade?
Oker: Tudo surge com a evolução das coisas, quanto mais observo mais absorvo e então o meu estilo começou a mudar constantemente e desenvolver-se para aquilo que faço hoje. Mas sinto que mesmo agora, sofro evolução nas minhas produções, visto que de um ano para o outro surgem novas formas, novas misturas de cor, novos pormenores, novas linhas, etc.
Penso que irei estar sempre a mudar, gosto de experimentar novas técnicas (marcador ou pincel), e tudo isso leva a novos estilos.
Sobredotado: Algo que ficou por perguntar ao Mr. Dheo na altura da sua entrevista foi como surgiu a crew Bymalodja. Fala-nos um pouco disso.
Oker: Tudo surgiu recentemente, começamos a pintar mais vezes juntos por volta de 2008 e nas pinturas que fazíamos achávamos que os 2 estilos bem diferentes, eram ao mesmo tempo 2 estilos que combinavam muito bem. Um dia mais tarde Mr.Dheo sugeriu em fazermos uma crew, eu concordei com todo o prazer e nasceu os Bymalodja.
Agora temos mais um membro, o Dexa, em que misturamos 3 estilos nas nossas produções, realismo, ilustração e lettring.
Bymalodja é quase um conceito de "vai me á loja" (velha expressão usada no Porto), onde se encontra uma variedade de produtos, neste caso os produtos são os estilos de cada um.
Sobredotado: Existe algum tipo de preparação caseira antes de partir para a acção?
Oker: Normalmente o que faço é preparar o material todo, levo quase a casa ás costas, mas claro que tento levar algo mais ou menos pensado, não quer dizer que leve projecto, até porque muitas das vezes tudo nasce de improvisação.
Sobredotado: Alguma opinião sobre o ponto de situação da streetart em Portugal? Partilha-a connosco.
Oker: O streetart em Portugal está a crescer imenso, penso que hoje em dia as pessoas têm acesso imediato ás coisas, ou seja, o crescimento é muito mais instantâneo. Com isto tudo, estão a surgir imensos artistas, o que é positivo. Adoro ver as ruas preenchidas de coisas diferentes, as paredes andam a ganhar uma vida brutal.
Sobredotado: A tua identidade é algum segredo?
Oker: Não, não tenho nenhum super poder secreto.
Sobredotado: Qual o conselho que darias aos novos writers que estão agora a começar?
Oker: Muita pesquisa, muito desenho e originalidade. Inspirem-se nas coisas do dia a dia, como texturas, cores, ruídos, atitudes, sensações,etc. Tudo isso pode ser transmitido na parede através das formas, espessura de traços e preenchimentos.
Sobredotado: Além do graffiti, na tua galeria no Flickr podemos ver trabalhos relacionados com ilustração. É uma área que exploras bastante?
Oker: É uma área que já á muito tempo me fascina, ando constantemente a absorver imagens de muitos artistas deste meio.
Tenho feito alguns trabalhos e já produzi umas t-shirts com as minhas ilustrações. Quem sabe ainda surge uma marca minha.
Sobredotado: O que pretendes no futuro?
Oker: Pretendo sobretudo evoluir mais e aprender mais. Quero que daqui a uns aninhos olhe para trás e veja um progresso bastante consistente. É claro que quero ser uma referência no Streetart, Graffiti e Ilustração Português. Vamos a ver o que o futuro me vai trazer, mas não tenho pressas, tudo a seu tempo.
Sobredotado: Para finalizar, algumas últimas palavras que queiras deixar?
Oker: Quero apenas agradecer por esta oportunidade.
seixal graffiti 2010
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suck my wekoker
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Pavilhão Desportivo Francisco de Holanda
-Guimarães-
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Oker & Draw • Putrica 2013