Nosso interesse está no olhar inquieto do artista, no espaço urbano, na vida que acontece, na cor, no homem... tudo torna-se inspiração , suporte e pretexto para uma criação viva e presente. Missão: Intercâmbio cultural, técnico e de ideias; O fomento e a divulgação de trabalhos artísticos nos segmentos das artes visuais, cênicas, design, cultura e movimentos humanos.
5 de novembro de 2018
1 de outubro de 2018
JOÃO FREIRE -PINTURA -LISBOA
Nascido em Lisboa, João Freire completou o curso de Arquitectura na ESBAL, tendo começado um percurso profissional nesta área, que manteve desde então.
A descoberta do design, ligado ao meio da publicidade, foi um passo consequente, trabalhando há vários anos como director criativo. A pintura foi sempre um universo que explorou ao longo deste percurso, em resultado da vontade de explorar outros caminhos que se interligam na sua formação. Com três exposições individuais, tem trabalhos seus representados em diversas colecções particulares.
DESPERTAR
2018
PÁTRIA – ARTE.ARQUITECTURA.DESIGN • LISBOA
–
Despertar.
E agora?
Nunca se sabe bem qual o momento certo. Mas ele aparece. Depois do olhar que se troca. Do sorriso que se abre a promessas não ditas, do ar que pára na boca e respiramos no outro. E a mão - que toca - começa a vaguear, sem direção certa, como que num acaso.
Toca, apenas. Bendito toque que acorda a pele, e sobe. E desce. E volta a tocar, como que deslizando a tinta que define contrastes, ilumina as sombras. Afastando o tecido que impede o avanço. Sem volta atrás. Capitulação total. À espera do que ainda há-de vir.
Há sempre muitas formas de olhar para a tela que surge. O inicial, instintivo, desprevenido, diz-nos a ABC das coisas que não precisamos de pensar, mas já estão feitas sensação. Depois, um segundo momento, racional, durante o qual relemos e construímos possibilidades mais serenas. É uma mão que pressiona a própria pele. É outra mão alheia que pede e responde.
Que provoca João Freire? Outro olhar. Partamos assim para o novo movimento da sua obra, incursão por uma linguagem expressiva que sugere muito mais do que afirma, nesta forma que o pintor tem de ir descobrindo novas formas de tocar.
ANTÓNIO DIEGUES RAMOS
LIGHT UP: II MOVIMENTo
2016
São muitas as formas de ver algo que nos pode surpreender, interessar, ou simplesmente surgir diante de nós, inesperadamente. Um mosaico de mãos, por exemplo, como aquele que é proposto na nova exposição de João Freire. Conjunto de dedos, tendões, gestos que se definem no ar, sem intenção aparente. Aparentemente.
Mas, ao segundo olhar, talvez se possam descobrir sentimentos que contam uma história e as suas emoções, como as que acontecem à volta de uma mesa, entre amigos, conhecidos. Possíveis opositores, rivais, ainda que por um momento.
Como a palma que se estende confiante, aberta, enquanto outra se estreita, cúmplice. A pressão digital que define o sulco, ao lado de uma expressão calma que deixa o pulso relaxado. Leituras sobrepostas no acumular de posições que se definem, autonomamente. Série de personagens com vida própria, que vivem na sua pele e se fazem únicas, separáveis, embora partilhando este momento.
Quantos falam aqui? De quem é a mão que se atravessa? Não interessa, ou é o que menos interessa. Entre todas, o único ponto em comum é o feixe de luz que perpassa toda esta coreografia, fazendo sobressair, em alto contraste, cada textura e forma. Definindo as sombras que tornam mais evidente, até porque às vezes escondem e sujam a precisão dos detalhes.
É este mesmo foco partilhado que denuncia os gestos desta conversa animada. Como em todas as conversas, com vozes sobrepostas, que cortam e completam as frases, os risos, os silêncios. Uma troca que recusa a definição, antes se aquecendo em traços por vezes interrompidos, propositadamente indistintos. Veja-se como se quiser, há muitas formas de olhar.
ANTÓNIO DIEGUES RAMOS
17 de setembro de 2018
SABINE WEISS -PHOTOGRAPHY -FRANÇA
2016
Sabine Weiss é uma fotógrafa suíço-francesa e uma das mais proeminentes representantes do movimento humanista francês de fotografia, juntamente com Robert Doisneau, Willy Ronis, Édouard Boubat e Izis. Ela nasceu em Saint-Gingolph, na Suíça, e tornou-se cidadã francesa naturalizada em 1995.
O pai de Sabine Weiss era engenheiro químico e fez pérolas artificiais de escamas de peixe. A família morava perto do posto de fronteira e deixava Saint-Gingolph enquanto ainda era criança. Atraída em tenra idade pela fotografia, ela diz:
Eu percebi muito jovem que a fotografia seria o meu meio de expressão. Eu era mais visual que intelectual ... não era muito bom em estudar. Eu saí do ensino médio, saí em um dia de verão de bicicleta. [1]
Sabine Weiss começou a fotografar em 1932 com uma câmera de baquelite comprada com o dinheiro do bolso e fez impressões de contato em papel de impressão no peitoril da janela. Seu pai a apoiou em sua escolha, e mais tarde aprendeu técnicas fotográficas, de 1942 a 1946, de Frédéric Boissonnas, um fotógrafo de estúdio em Genebra. Após este aprendizado, ela recebeu a qualificação suíça em fotografia em 1945.
Weiss mudou-se para Paris em 1946 e tornou-se assistente de Willy Maywald:
Quando cheguei a Paris, consegui trabalhar em Maywald, que um amigo me recomendara. Eu trabalhei lá em condições inimagináveis hoje, mas com ele eu entendi a importância da luz natural. Luz natural como fonte de emoção ”.
Naquela época, Willy Maywald trabalhava no primeiro andar de um galpão na rua Jacob, 22, que pertencia a um antiquário; não havia água nem telefone. Este trabalho, no entanto, permite que ela se relacione com o "quem é quem" de Paris da época. Ela publicou sua primeira reportagem fotográfica aos 21 anos de idade em 1945. Assim, ela assistiu à abertura da casa de Dior e à apresentação da primeira coleção na 37 Avenue Montaigne. Em 1949, ela viajou para a Itália e conheceu o pintor americano Hugh Weiss, com quem se casou em 23 de setembro de 1950. O casal adotou uma filha, Marion. Ela abriu seu próprio estúdio. Suas fotografias atestam o otimismo dos anos pós-libertação: "Foi um período bonito. Estávamos entre o fim da ocupação alemã e o início da americanização. As pessoas saíram de uma provação terrível e pensaram que poderiam reconstruir tudo". ela diz. [
Trabalha em vários sectores: apaixonada pela música, retratou os grandes nomes da música (Igor Stravinsky, Benjamin Britten, Pablo Casals, Stan Getz ...) mas também os da literatura e da arte (Fernand Leger, F. Scott Fitzgerald, Jean Pougny, Alberto Giacometti e Annette Giacometti, Robert Rauschenberg, Jan Voss, Jean Dubuffet, Françoise Sagan ...), cinema (Jeanne Moreau), moda (Coco Chanel). Ela também trabalha para várias revistas e jornais conhecidos na América e Europa para publicidade e ordens de imprensa (Vogue, Paris Match, Vida, Tempo, Cidade e País, Holiday, Newsweek, Picture Post e Die Woche etc.). Sua atenção voltou-se para a fotografia documental e ela viajou não só nos Estados Unidos, mas também no Egito, Índia, Marrocos e Mianmar, para os quais ela retornou mais recentemente, em 1996.
paris 1957
paris 1957
frança 1950
ponte de vaves 1952
pont neuf paris 1949
sortie de metro paris 1955
ny 1962
NY 1955
amoureaux toujours hongrie 1982
les lavandieres bretague 1954
enfants enchainés sur une peniche paris 1953
bulgarie 1994
la traversée du nil egypte 1983
danse de la guedra maroc 1962
indie 1998
taiwan 1989
portugal 1954
paris 1958
portugal 1954
repos place de breteuil 1950
rue des terres au curé paris 1954
bois de boulogne paris 1952
13 décembre paris 1954
paris1957
31 décembre paris 1981
je juis un cheval espagne 1954
https://sabineweissphotographe.com
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