7 de novembro de 2018

ANDRÉ GONÇALVES -PHOTOGRAPHY -LISBOA



Um fascínio pela natureza que começou quando criança levou o fotógrafo português André Vicente Gonçalves a capturar a natureza em toda a sua diversidade diante das câmeras. Eventualmente, essa paixão levou Gonçalves a abandonar o estudo de um ano em ciência da computação para se concentrar em seu primeiro amor, a fotografia. Mudando para um programa de graduação naquela disciplina, ele perseguiu sua paixão e nunca olhou para trás.

Uma decisão sábia. Desde que se formou com distinção na Universidade Lusófona em fotografia, Gonçalves já impactou sua profissão com duas obras impressionantes, o Windows of the World e o Doors of the World, ambos fruto de sua crescente apreciação pela arquitetura do mundo.

Tão diversa quanto a da natureza, a arquitetura de cada região tem suas raízes não apenas em sua história, mas em sua cultura, sua linguagem e sua própria personalidade, observou Gonçalves. Ambas as suas obras documentam essa diversidade com fotografias de portas e janelas de várias partes do mundo. Seu olho para detalhes, bem como para a história por trás de cada foto, conquistou a atenção do mundo.

Entrevistas de algumas das melhores organizações de notícias do mundo, incluindo a CNN e o Huffington Post, ajudaram a divulgar o trabalho do jovem fotógrafo. Talvez a intriga esteja na própria história, pois, como ele diz, “nem sempre são os edifícios mais famosos, nem os mais opulentos, onde estão as melhores histórias”. O desgaste do tempo - a tragédia da guerra ou o renascimento da vida depois - é o material do trabalho de Gonçalves.

Para encontrar a história por trás de cada tiro, seus poderes de observação bebem na atmosfera visual onde quer que ele vá. Sempre procurando o equilíbrio perfeito de luz e escuridão, o jogo requintado de cores dentro de cada cena. É aí que a paixão dele o leva - e ele nunca quer parar.

Gonçalves aplica a mesma paixão a todas as suas fotos. Seja uma sessão comercial para a indústria do turismo ou uma foto impressionante de uma formação rochosa na natureza, os clientes sabem que todas as fotos que passarem pelo olho crítico se tornarão uma obra-prima.

Além de seu trabalho comercial, Gonçalves planeja adicionar mais estudos arquitetônicos à sua coleção. Seu sonho, ele compartilha, é coletar fotos de janelas de todos os países do mundo.


PHOTOGRAPHY PROJECT: WINDOWS OF THE WORLD

BARCELONA


PRAIA DA VITÓRIA -AÇORES


BURANO -ITALY


PORTO


PONTA DELGADA -AÇORES


ANGRA DO HEROISMO -AÇORES


PARIS


ALBUFEIRA


ÉVORA


ATALAIA


VENICE


VIENNA


THAI TEMPLES


PHUKET THAILAND


BANGKOK THAILAND


VIGO SPAIN


FUNCHAL -MADEIRA


COSTA NOVA PORTUGAL


ROTTERDAM


CHENT


AYAMONTE -SPAIN


THE ALPES


SETÚBAL


AMESTERDAM



DOORS OF THE WORLD

BELGIUM


ENGLAND


PORTUGAL


ROMANIA


SPAIN




www.andrevicentegoncalves.com/photography-project/windows-of-the-world-collections



 andre@andrevicentegoncalves.com.

1 de outubro de 2018

JOÃO FREIRE -PINTURA -LISBOA





Nascido em Lisboa, João Freire completou o curso de Arquitectura na ESBAL, tendo começado um percurso profissional nesta área, que manteve desde então.
A descoberta do design, ligado ao meio da publicidade, foi um passo consequente, trabalhando há vários anos como director criativo. A pintura foi sempre um universo que explorou ao longo deste percurso, em resultado da vontade de explorar outros caminhos que se interligam na sua formação. Com três exposições individuais, tem trabalhos seus representados em diversas colecções particulares.

DESPERTAR

2018









PÁTRIA – ARTE.ARQUITECTURA.DESIGN • LISBOA

  

Despertar.
E agora?
Nunca se sabe bem qual o momento certo. Mas ele aparece. Depois do olhar que se troca. Do sorriso que se abre a promessas não ditas, do ar que pára na boca e respiramos no outro. E a mão - que toca - começa a vaguear, sem direção certa, como que num acaso.
Toca, apenas. Bendito toque que acorda a pele, e sobe. E desce. E volta a tocar, como que deslizando a tinta que define contrastes, ilumina as sombras. Afastando o tecido que impede o avanço. Sem volta atrás. Capitulação total. À espera do que ainda há-de vir.
Há sempre muitas formas de olhar para a tela que surge. O inicial, instintivo, desprevenido, diz-nos a ABC das coisas que não precisamos de pensar, mas já estão feitas sensação. Depois, um segundo momento, racional, durante o qual relemos e construímos possibilidades mais serenas. É uma mão que pressiona a própria pele. É outra mão alheia que pede e responde.
Que provoca João Freire? Outro olhar. Partamos assim para o novo movimento da sua obra, incursão por uma linguagem expressiva que sugere muito mais do que afirma, nesta forma que o pintor tem de ir descobrindo novas formas de tocar.
ANTÓNIO DIEGUES RAMOS

LIGHT UP: II MOVIMENTo


2016















São muitas as formas de ver algo que nos pode surpreender, interessar, ou simplesmente surgir diante de nós, inesperadamente. Um mosaico de mãos, por exemplo, como aquele que é proposto na nova exposição de João Freire. Conjunto de dedos, tendões, gestos que se definem no ar, sem intenção aparente. Aparentemente.
Mas, ao segundo olhar, talvez se possam descobrir sentimentos que contam uma história e as suas emoções, como as que acontecem à volta de uma mesa, entre amigos, conhecidos. Possíveis opositores, rivais, ainda que por um momento.
Como a palma que se estende confiante, aberta, enquanto outra se estreita, cúmplice. A pressão digital que define o sulco, ao lado de uma expressão calma que deixa o pulso relaxado. Leituras sobrepostas no acumular de posições que se definem, autonomamente. Série de personagens com vida própria, que vivem na sua pele e se fazem únicas, separáveis, embora partilhando este momento.
Quantos falam aqui? De quem é a mão que se atravessa? Não interessa, ou é o que menos interessa. Entre todas, o único ponto em comum é o feixe de luz que perpassa toda esta coreografia, fazendo sobressair, em alto contraste, cada textura e forma. Definindo as sombras que tornam mais evidente, até porque às vezes escondem e sujam a precisão dos detalhes.
É este mesmo foco partilhado que denuncia os gestos desta conversa animada. Como em todas as conversas, com vozes sobrepostas, que cortam e completam as frases, os risos, os silêncios. Uma troca que recusa a definição, antes se aquecendo em traços por vezes interrompidos, propositadamente indistintos. Veja-se como se quiser, há muitas formas de olhar.
ANTÓNIO DIEGUES RAMOS