3 de maio de 2017

THIAGO CÓSTACKZ - ARTISTA PLÁSTICO - BRASIL



Thiago Cóstackz é artista plástico multimídia, documentarista e ativista AmbientalArtista incansável, Cóstackz esteve envolvido, nos últimos 10 anos, em mais de 50 ações pelo Brasil e em países como: Rússia, Islândia, Holanda, EUA, Inglaterra, Groenlândia e Itália, além de intervenções em lugares como o Oceano Glacial Ártico, Atlântico Sul, Caatinga e Florestas tropicais. Seu nome tem sido associado a grandes realizações e a astros internacionais, como Roger Waters (ex-Pink Floyd), que o escolheu para realizar uma intervenção invocando questões ambientais e de Direitos Humanos no aclamado show The Wall, para 70 mil pessoas no Brasil, em 2012.
Acostumado a grandes públicos, recebeu mais de 100 mil pessoas na mostra “Mitos e Ícones” em apenas um mês. Seu engajamento ambiental lhe rendeu uma homenagem do Ranking Benchmarking Sustentável, entregue no MASP, em 2012, o mais importante museu do país, onde também fez uma exposição. Foi durante seis anos Embaixador Nacional de Sustentabilidade da marca alemã Puma Sports e realizou, de forma pioneira, em 2013, a 1º expedição artístico-científica já registrada por 10 lugares ameaçados no “Planeta”, que percorreu mais de 62.000 km instalando obras que faziam conexão com problemas ambientais nestes locais. Esta expedição originou o documentário e o livro Caminhando sobre a Terra, o primeiro livro e filme do artista como diretor geral e roteirista.
Cóstackz faz o encontro de referências que pareceriam inaproximáveis, fazendo a tradição das artes plásticas dialogar vigorosamente com a ironia da pop-art. É como se a liberdade do Glam Rock se encontrasse com a música erudita do Leste Europeu em sua natureza selvagem e profunda. Com múltiplas linguagens que se aplicam a diversos suportes, seu trabalho vai do body art a performances, da pintura a intervenções urbanas de enormes dimensões e da fotografia ao cinema. Usando alta tecnologia – como mapping 3Dballoon art ou as técnicas tradicionais – a literatura realista fantástica, a ciência, as cidades, o cosmos, eventos históricos, as mitologias e os conflitos sociais e ambientais de nosso tempo são influências frequentes nesta caldeira cultural de onde parece nascer em forma de obras de arte, Dionísio, o mais jovem e mais antigo dos deuses. Suas cores agressivas só são desafiadas pelo forte contorno negro, que marca, define mundos e limita o teor da forma. A maior parte do material que usa é sustentável, recusando tintas ou materiais de forte impacto ambiental.
Já realizou mostras inspiradas em obras de: Franz Kafka, Machado de Assis, Mikhail Bulgákov, Fiodor Dostoievski, Erasmo de Roterdã, Charles Darwin, Stephen Hawking e Giorgos Seferis. Buscou apoio para seus projetos e entregou obras para bandas como: Aerosmith, Roxette, The B52s e The Cranberries. Thiago Cóstackz é um dos artistas que mais tem trabalhado e se destacado em sua geração.
Texto: Anttonio Amoedo


Morte no Mar Negro…

Confira as fotos feitas para o projeto Body Art for The Planet! do artista plástico Thiago Cóstackz. Abaixo algumas imagens que fazem conexão com problemas ambientais do nosso tempo, com nossos impactos e questionam nossa relação com os meios naturais e demais seres do Planeta. As fotos dessas performances de body art, fazem o observador refletir: como evoluir e crescer sem nos autodestruirmos? Como passar pela adolescência tecnológica unindo os meios urbanos e os naturais? Evocando a responsabilidade do status de espécie dominante que possuímos no Planeta.
Arte e Conceito: Thiago Cóstackz, foto: Lienio Medeiros & Fujocka Photodesign
Morte no Mar Negro 1 – Modelo: Fernanda Tavares

A série de fotos de figuras humanas metamorfoseadas, agonizando no petróleo, fazem uma referência aos grandes desastres ambientais que nos assolam há tempos. Denunciando nosso uso irresponsável dos recursos naturais e a exploração cada vez maior de petróleo em áreas de preservação e de ecossistemas sensíveis como o ártico e os oceanos. Figuras míticas como uma sereia tentando escapar de um mar lotado de petróleo, agoniza, vomita petróleo e passa sua dor ao observador, assim como a uma figura humana (meio peixe, humano e pássaro) sente na pele o impacto de um desastre ambiental e nos questiona, em tempos de Pré-Sal, “se não temos tecnologia suficiente para perfurar os poços de petróleo, teremos para lidar com possíveis problemas ambientais causados por um volume tão grande de extração?”
Morte no Mar Negro 2 – Modelo: Thiago Cóstackz
Morte no Ártico, Baia de Narsarsuaq, Groenlândia – Model: Thiago Cóstackz




Balloon Art – Parada de Balões Gigantes pelas ruas de São Paulo


Em 2011 foi realizada uma “Parada de Balões Gigantes” como um protesto pelas ruas de São Paulo fazendo forte oposição a aprovação do novo Código Florestal brasileiro, alertando sobre os riscos de extinções em massa de milhares de espécies em todo o mundo com forte contribuição do Brasil que é hoje o 4º maior poluidor do mundo. O nosso país possui cerca de 30% da biodiversidade ameaçada na Terra sendo um grande responsável pela conservação de seu patrimônio natural.
Os balões faziam referências artísticas às estampas da onça pintada (o felino mais ameaçados das Américas) e dos sapos florescentes da Amazônia, que juntamente com todos os outros anfíbios são os animais mais ameaçados da Terra hoje. Mediam entre 9m a 6m e provocaram varias reações dos observadores que passavam pela Av. Paulista em São Paulo. Com destaque para o balão de “banana-sapo”.





Esta ação só foi possível graças à força e a colaboração de muitos voluntários, que agradecemos mais uma vez pela participação e ajuda. Os balões eram feitos com PVC reciclado e tinta a base de compostos orgânicos. Após a ação os balões foram destinados imediatamente à reciclagem onde serviram de matéria prima para novos produtos.
Neste dia foram feitas ainda entregas de mais de 15mil ecobags desincentivando o uso de sacolas plásticas nas ruas de São Paulo.


Body Art by Cóstackz



Para divulgar o S.O.S Terra 2010 o artista plástico Thiago Cóstackz realizou interferências corporais (body art) em seu próprio que faziam referências às estampas da onça pintada (o felino mais ameaçados das Américas) e aos sapos florescentes da Amazônia, que juntamente com todos os outros anfíbios são os animais mais ameaçados da Terra hoje.



As pinturas corporais feitas pelo artista (em seu próprio corpo) foram feitas com tintas a base de água e com resinas naturais que não poluem os mananciais, diminuindo seu impacto durante este trabalho. Foram utilizadas ainda maquiagens de marcas que não realizam testes em animais.
As fotos deste editorial estiveram presentes nas páginas da conceituada revista de moda VOGUE, mandando um recado aos leitores que usam peles de animais.
A ação S.O.S Terra se posiciona veementemente contra o uso de peles de animais e contra a exploração animal, promovendo durante seus manifestos o “bem-estarismo” e os direitos dos animais como uma das nossas mais importantes bandeiras.
Fotos: Marco Antônio

Grande escultura de S.O.S na AV. Paulista

Produzida inteiramente com materiais reciclados, sustentáveis e certificados, esta enorme escultura, símbolo de nossa ação, media cerca de 5m de largura por 2,30 de altura. Ficou fixada em Frente ao shopping Center 3 na Av. Paulista durante o Dia Mundial da Terra (22/04) 2008 e 2010. E em 2009 em frente ao Reserva Cultural também na Av. Paulista em São Paulo.








A caminho da geleira de Vatnajökull e Jökulsárlón!!

A Islândia realmente parece outro mundo (entenda isto realmente ao pé da letra). Formada por sucessivas erupções vulcânicas durante 20 milhões de anos, a lava aqui mostra que ela é a grande artista. A ilha é um caso curioso do ponto de vista geológico, encontra-se divida entre a placa europeia e a placa norte americana, fazendo com que o país geograficamente pertença aos dois continentes.

(Equipe S.O.S – Thiago Cóstackz, André Lazzari, Patricia Alves e Felipe Cavalheiro)


(Islândia vista do espaço – Fonte: Satélite da NASA)


(Paisagem próxima a Skaftafell no caminho para Jökulsárlón)
O clima é severo, venta de uma forma inacreditável, o carro balança parado e não é exagero. O idioma é impossível de ser repetido (o mais próximo da língua viking antiga), quase não existem pessoas, mas sempre aparecem bons islandeses dispostos a ajudar quando se precisa.




No nosso caminho encontramos inúmeros vulcões em atividade, gêiseres, lagos coloridos, rochas mágicas que desafiam a gravidade, areias negras como a noite com grãos enormes que mais parecem mini pedrinhas brilhantes. Paisagens inóspitas e rochas enormes que brotam da Terra onde gigantes parecem jogar futebol.


Cidades com 10, 20 casas e a maior delas Vík (com 500 habitantes e mais ovelhas que gente) mostram que o tempo parece que não passou ou que passou muito devagar desde que os colonos vikings se estabeleceram aqui ainda no século IX. Muitas destas casinhas ficam aos pés de enormes paredões de rochas parecendo Tsunamis prontas para devorá-las.


Dá para entender por que bandas como Björk e Sigur Rós nasceram neste lugar, aqui “elfos e duendes” parecem nos observar durante todas às 17 horas de viagem. O lugar realmente hipnotiza, fascina e no fundo amedronta.

Tudo isso vai anunciando lá no fim da estrada, ainda há dezenas de quilômetros, a grande geleira de Vatnajökull (sim ela é gigante), a maior geleira da Europa e nosso destino final.


(Glacial de Vatnajökull visto de longe)



Lava vulcânica próxima de um vulcão em atividade e a beleza estranha da paisagem islandesa)
Foi inspirado nestas paisagens que Júlio Verne escreveu ainda no século XIX seu famoso livro de ficção cientifica: “Viagem ao Centro da Terra”. A história narra às aventuras do personagem Lidenbrock, que acha em uma caverna vulcânica da Islândia uma passagem para o centro da Terra, onde encontra um mundo lotado de vida diferente, formas geológicas inimagináveis e criaturas mágicas.


(Vamos ao centro da Terra? Aqui o tempo parece que parou. Foto feita com réplica de um relógio de bolso que pertenceu a Júlio Verne no séc. XIX)


Mais de 100 anos se passaram desde que Verne fascinou o mundo com esta fantástica aventura; Entretanto estes enormes “portais negros” do interior da Islândia ainda nos convidam a descobrir o mundo descrito por Júlio Verde em “Viagem ao centro Terra”.



www.thiagocostackz-com


































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