Desde que iniciou sua trajetória
profissional, aos dezesseis anos, no estúdio da Editora Abril, o paulistano Bob
Wolfenson já trabalhou com os principais gêneros fotográficos. E o fez com
sucesso, tanto em seu estúdio como em viagens pelo Brasil e o mundo afora -
tomando café da manhã no salão vazio do Hotel Glória em Caxambu ou pedindo room
service do Copacabana Palace no Rio.
Uma das referências nacionais como
retratista, fotógrafo de nus e de moda, Wolfenson transita entre a publicidade
e a arte. Em 2016 Foi também co-curador da exposição sobre o fotógrafo
Otto Stupakoff ao lado de Sergio Burgi, no Instituto Moreira Salles no Rio de
Janeiro.
Trabalhou e trabalha para as principais
publicações como: Folha de São Paulo, Veja, Vogue, Elle, S/N, Playboy, Harper’s
Bazaar, Marie Claire e Rolling Stone e publicou livros como “Jardim da Luz”
(Editora DBA/Companhia das Letras, 1996), “Moda no Brasil por Brasileiros”
(Cosacnaify, 2003), “Antifachada-Encadernação Dourada” (Cosacnaify, 2004),
“Cinépolis” (Schoeler, 2009), “Apreensões” (Cosacnaify, 2010), “Belvedere”
(Cosac Naify, 2013), 24x36 (Schoeler Editions,2013) e finalmente “Bob Wolfenson”
(Terra Virgem Edições, 2017), além de se apresentar em diversas exposições
individuais, como as mostras: “A Caminho Do Mar”, 2007 “Nósoutros”, 2017, na
Galeria Millan, ou coletivas como a “Modos de Ver o Brasil“ na Oca-Ibirapuera,
um mergulho na coleção do Itaú Cultural, também em 2017.
Nósoutros
A ideia desta série me ocorreu em 2012,
num passeio pela praia de Coney Island, nos arredores de Nova York. Ao iniciar
o caminho de volta a Manhattan, observei com interesse uma massa de
desconhecidos entre si, que aguardavam para atravessar a rua depois de um dia
de lazer intenso sob o sol escaldante do verão nova-iorquino. A postura
compartilhada de meros pedestres esperando o sinal abrir os tornava
semelhantes, ao mesmo tempo que figurinos e tatuagens, anatomia, cor da pele e
atitude (euforia ou introspecção) os distinguia. Fotografei-os com minha
Leica de pequeno formato e guardei essas imagens como uma simples curiosidade
de viajante. Mais tarde, ao revê-las em meu computador, surgiu a vontade de
fotografar e organizar cenas como aquela mundo afora, ressaltando um dos mais
marcantes paradoxos do ser humano, tão evidente naquele primeiro instante
registrado: o de ser igual e diferente, o desejo de pertencer a um grupo e ao
mesmo tempo querer se distinguir dele.
Nova York, primavera 2013
Barcelona, inverno 2014
Hong Kong, outono 2016
Londres, outono 2012
Buenos Aires, primavera 2016
Coney Island, primavera 2013
Lisboa, primavera 2014
Londres, outono 2012
Macau, outono 2016
Marrakesh, verão 2014
Cidade do México, primavera 2015
Miami, verão 2013
Milão, primavera 2016
Paris, outono 2014
Paris, outono 2014
Nova York, primavera 2013
Miami, verão 2013
https://www.bobwolfenson.com.br
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