Autorretrato de Robert Mapplethorpe.
Robert Mapplethorpe (1946-1989) é célebre não apenas por seus icônicos retratos em preto e branco e suas controversas fotografias carregadas de conteúdo homoerótico, mas pela importância de seu nome na cena artística e contra-cultural nova-iorquina dos anos 1970. Mesmo homossexual, foi casado com a cantora e poeta Patti Smith – com quem viveu por anos no tradicional Hotel Chelsea -, responsável pelos retratos de capa de quase todos os seus discos. Ambos eram assíduos frequentadores da Factory, sede dos projetos performáticos e em múltiplas plataformas de Andy Warhol e um dos pontos mais emblemáticos e efervescentes da história de Manhattan.
O estúdio de Mapplethorpe no número 24 da Bond Street, em Manhattan
Robert nasceu em Floral Park, no Queens, filho de Joan Dorothy (Maxey) e Harry Irving Mapplethorpe, um engenheiro elétrico[2]. Seu pai tinha ascendência britânica, irlandesa e alemã, tendo crescido dentro do catolicismo. Robert tinha cinco irmãs e irmãos[1]. Ingressou no Pratt Institute, no Brooklyn, para estudar Artes Gráficas[3], mas largou a faculdade em 1969, antes de se formar. Robert passou a morar com uma amiga de longa data, Patti Smith, de 1967 a 1972, que apoiava sua arte e com quem manteve uma longa amizade[1].
Suas primeiras fotografias foram tiradas no final dos anos 1960 e começo dos anos 1970, com uma câmera Polaroid. Em 1972, conheceria Sam Wagstaff, curador de arte que se tornaria seu mentor e companheiro. Nos anos 1970, Wagstaff comprou uma câmera Hasselblad, mais profissional que a anterior, e começou a tirar fotos de seu círculo de amigos e conhecidos, como artistas, compositores, músicos e socialites. Neste período, ele ficaria amigo deDur George eau, artista de ONova rleans, cujo trabalho teve profundo impacto sobre Mapplethorpe, a ponto de refazer diversas de suas fotografias sob a orientação de Dureau[1].
De 1977 a 1980, Robert começou teve um relacionamento com Jack Fritscher, editor da revista Drummer Magazine[4], que o levou para conhecer o Mineshaft, um badalado clube da comunidade gay de Nova York[3]. Na década de 1980, Robert começou a trabalhar com o nu artístico feminino, com flores e retratos formais de celebridades e artistas. Seu primeiro estúdio foi aberto na Bond Street, número 24, em Manhattan[5]. Em 1988, com o auxílio de Patricia Morrisroe, ele começou a escrever sua biografia, com mais de 300 entrevistas com celebridades, críticos, ex-namorados e com o próprio Mapplethorpe[3].
Patti Smith, 1976
Iggy Pop, 1981.
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